SÃO
PAULO – Uma equipe de 15 homens do Comando de Operações Especiais
(COE) com seis atiradores de elite está de tocaia na mata ao redor
da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no oeste paulista, à
espera da tropa do Primeiro Comando da Capital (PCC) que planeja
resgatar Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e outros três
líderes da facção. Eles podem até derrubar aeronaves que se
aproximarem da prisão.
Os
atiradores – chamados de snipers – têm fuzis de calibre 5,56 mm.
Eles estariam ainda com um fuzil calibre .50. O armamento é
suficiente para abater o helicóptero que tentar retirar os bandidos
da prisão.
Os
homens do COE foram deslocados da capital para o interior. Em 2011,
quando outra tentativa de resgate de presos foi descoberta, a cúpula
da Segurança Pública decidiu então mandar para a cidade os homens
das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), cuja presença
ostensiva servia para dissuadir ações dos criminosos na região.
Veja também:
Nesta
quinta-feira, 27, a cúpula da Segurança deveria se reunir para
analisar a situação. Participariam do encontro os secretários da
Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, e da Administração
Penitenciária, Lourival Gomes. Também deveriam estar presentes o
comandante-geral da PM, coronel Benedito Roberto Meira, o
delegado-geral da Polícia Civil, Maurício Blazeck, e o diretor do
Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Wagner
Giudice.
Eles
decidiriam quais os próximos passos da polícia para tentar
desarticular o plano dos criminosos. Uma das medidas possíveis seria
pedir à Justiça o isolamento de Marcola e dos demais envolvidos no
plano de fuga no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), da
Penitenciária de Presidente Bernardes.
Um
dos problemas enfrentados pelos envolvidos na investigação é o
risco de o PCC tentar usar no resgate pilotos de helicóptero
sequestrados em São Paulo ou em Curitiba. Essa alternativa foi
identificada pelos integrantes da inteligência policial durante as
interceptações telefônicas.
No
começo de seu planejamento, a organização criminosa havia optado
por treinar três de seus integrantes, financiando um curso de
pilotagem de helicóptero para seus soldados. Mas os criminosos
enfrentaram alguns contratempos, como a dificuldade de aprender a
pilotar diferentes aeronaves e a prisão do professor que ensinava
seus homens no Campo de Marte. Assim, a facção começou a cogitar a
usar pilotos sequestrados na ação, que seriam feitos reféns e
obrigados a levar a tropa de assalto da facção até o presídio, no
interior.
Um
desses voos foi fotografado pelos agentes da polícia em 29 de
novembro do ano passado. O suspeito Márcio Geraldo Alves Ferreira, o
Buda, foi quem contratou o voo panorâmico em São Paulo para testar
o esquema – ele fez isso duas vezes, segundo a polícia, naquele
mês.
No
dia 6 deste mês, por exemplo, os criminosos agendaram mais um voo de
helicóptero para testar o esquema. O serviço foi feito por uma
mulher. No dia 8, outro helicóptero foi alugado para simular voos
até as cidades de Porto Rico e de Loanda, ambas na região de
Maringá, no interior do Paraná. Um inquérito foi aberto pelo Deic
sobre o caso. (Estadão).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários aqui manifestados são de única e exclusiva responsabilidade de quem os escreveu, Vedado o anonimato e NÃO representam a opinião do blog do sargento. A liberdade de expressão é um direito garantido na Constituição Federal, exerça-o com prudência e respeito.