14 janeiro 2021

Homem morre após troca de tiros com a Polícia Militar de Camacan



Hoje (14), no final da tarde, por volta das 17:40h, um homem posteriormente identificado como  “Gordinho Tatuador” morreu após troca de tiros com a polícia militar, no bairro Novo, distrito de São João do Panelinha, cidade de Camacan.
 
De acordo com o comandante da Companhia Camacan, Major Leonardo Dumas, Gordinho é o principal suspeito dos três últimos homicídios, ocorridos no distrito de São João do Panelinha. 

Segundo a Polícia Militar, a guarnição recebeu informações de que cinco homens armados estavam em uma casa no citado bairro. Quando os policiais chegaram para averiguar a situação, foram recebidos com disparos de arma de fogo, houve o revide, então, quando a guarnição entrou na casa, constatou que Gordinho Tatuador estava ferido e os comparsas haviam fugido.

Gordinho foi encaminhado para o pronto socorro da Fundação Hospitalar de Camacan, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
As polícias civil e militar, têm trabalhado na busca por criminosos que já assassinaram, desde o inicio do ano, cinco pessoas com disparos de arma de fogo.

O corpo de "Gordinho" encontra-se no necrotério do cemitério Jardim da saudade. As autoridades policiais fizeram o levantamento cadavérico e aguardam a chegada da perícia para que o corpo seja levado ao Departamento de Polícia Técnica de Itabuna. Com informações do site o tempo jornalismo.

Governadores temem perder o poder sobre a PM e a Polícia Civil


Deputados federais e Senadores se preparam para votar dois projetos de lei orgânica das polícias civil e militar. Os projetos restringem o poder de governadores sobre as duas polícias, braços armados dos Estados e do Distrito Federal. As propostas trazem mudanças pontuais na estrutura das polícias, como a criação da patente de general, hoje exclusiva das Forças Armadas, para as PMs, também a criação de um Conselho Nacional de Polícia Civil ligado à União.

O novo modelo é defendido por aliados do governo federal.

Na prática, os projetos diminuem o controle político dos governadores sobre as polícias, que perderiam o direito de indicar os seus comandantes gerais, em substituição ao que acontece hoje, haveria mandato de dois anos para os comandantes-gerais e delegados-gerais, também impediria, mediante condições, que os governadores exonerem os comandantes antes do prazo. Conforme os projetos, no caso da Polícia Militar, a nomeação do comandante sairia de uma lista tríplice indicada pelos oficiais. O texto prevê que a exoneração somente se dê, por iniciativa do governador, se "justificada e por motivo relevante devidamente comprovado".

Também faz parte da proposta a criação de um novo patamar hierárquico, equivalente ao posto dos oficiais-generais, por "simetria" com o padrão das Forças Armadas. Haveria, assim, três níveis: o mais alto seria o tenente-general, seguido do major-general e do brigadeiro-general. Atualmente, a hierarquia das PMs vai até os oficiais-superiores; a patente no topo é a de coronel. Enquanto na Aeronáutica, no Exército e na Marinha, os comandantes são considerados generais, nas PMs e nos Corpos de Bombeiros eles são coronéis.

Na Polícia Civil, o delegado-geral poderá ser escolhido diretamente pelo governador entre aqueles de classe mais alta na carreira. A dispensa "fundamentada", porém, precisa ser ratificada pela Assembleia Legislativa ou Câmara Distrital, em votação por maioria absoluta dos deputados.

Nas corporações os projetos são vistos como formas de defesa das corporações, principalmente contras ingerências e perseguições políticas. Já para alguns especialistas, o excesso de autonomia aos comandantes poderia dar margem ao surgimento de um projeto de poder paralelo, tornando os governadores "reféns" dos comandantes.

Uma das entidades consultadas para o projeto de lei, a Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais e do DF (Feneme) argumenta que a similaridade deve existir porque os policiais e os bombeiros militares constituem a força auxiliar e reserva do Exército. A legislação das polícias é de 1969 e, de acordo com a Feneme, as leis aprovadas nos Estados - sem uma padronização nacional - acabam desfigurando as polícias por "interesses particulares". A federação compara a situação dos militares estaduais à da advocacia, do Ministério Público e da magistratura, classes do sistema de Justiça que já possuem leis orgânicas.

O Palácio do Planalto vem sendo consultado e chegou a dar sugestões para os projetos de lei orgânica desde a gestão do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro. Questionado sobre o apoio político aos projetos, o atual titular da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, disse que "os pontos de discussão encontram-se sob análise".

O ministério confirmou que foram realizadas reuniões com conselhos nacionais, associações e sindicatos das polícias estaduais para discutir e receber sugestões ao texto.

Na eleição de 2018, Bolsonaro, que é capitão reformado do Exército, encampou o discurso de endurecimento na segurança pública e valorização de policiais, uma plataforma de campanha que também impulsionou a representação da classe no Legislativo.

Cor da farda e regra de promoção são impasses


Das duas leis orgânicas, o projeto mais adiantado politicamente é o das PMs. O texto vigente, porém, ainda não foi formalmente apresentado na Câmara. O relator do projeto é o deputado Capitão Augusto (PL-SP), líder da bancada da bala no Congresso - que reúne cerca de 300 parlamentares - e aliado do governo. Havia acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para votá-lo ainda no ano passado, mas a pandemia e as eleições municipais adiaram a pauta. Além disso, falta consenso sobre boa parte das mudanças previstas, entre elas a padronização nacional de viaturas e uniformes.

Capitão Augusto admite que seu texto ainda deve passar por mudanças. O deputado apontou, por exemplo, a resistência da PM de Minas Gerais a adotar um fardamento padrão nacional diferente do atual, na cor cáqui, e a contrariedade da PM de São Paulo em exigir curso superior para ingresso na corporação.

Em algumas praças, há diferentes critérios de promoção e os PMs conseguiram benefícios no plano de carreira similares ao dos servidores estaduais. Se alterados por uma lei orgânica de alcance nacional, esse grupo poderia sair prejudicado.

"Está difícil chegar a consenso. Falta aparar algumas arestas para ter o texto pronto, mas, se não tiver consenso, vou pedir para pautar da mesma forma. A gente retira o que não tem acordo e aprova-se o resto", disse Capitão Augusto. "Desde a Constituição, faz 32 anos que estamos aguardando uma lei orgânica básica."

Projeto divide opiniões entre os governadores


Alguns governadores já manifestaram posicionamento, "Somos radicalmente contra", disse Doria, governador de São Paulo em entrevista. "Já mobilizamos a bancada de São Paulo e outros governadores estão mobilizando suas bancadas." Rival político e virtual adversário de Bolsonaro na eleição presidencial de 2022, o tucano afirmou que "logicamente" há interferência política do Planalto na proposta das polícias. Para ele, os projetos são de "uma visão de quem gosta de pólvora".

"Essa proposta veio do Legislativo, mas inspirada no Palácio do Planalto, nessa visão de quem gosta de pólvora, de cheiro de pólvora, que é o presidente Jair Bolsonaro", reagiu Doria durante entrevista coletiva em que fez novos anúncios sobre a vacina Coronavac, do Butantã e da empresa chinesa Sinovac.

"Qual é a razão disto, se historicamente as polícias militares, assim como a Polícia Civil, sempre atenderam, dentro da hierarquia, a orientação dos governos estaduais? Não há nenhuma razão que justifique, exceto a militarização desejada pelo presidente Bolsonaro para intimidar governadores através de força policial militar."

Nos gabinetes do Palácio dos Bandeirantes, o tucano foi além. Comparou a tentativa de dar autonomia às polícias a um "processo de ditadura", de acordo com um auxiliar.

Os projetos de lei viraram tema de debate no grupo de WhatsApp dos governadores. Segundo Doria, a maioria é contra. Mas nem todos quiseram se manifestar publicamente, a exemplo dos governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do Rio, Claudio Castro (PSC), ambos aliados políticos de Bolsonaro. Outros alegaram não ter recebido informações oficiais sobre as propostas de mudança.

Alguns governadores, porém, afirmaram que os projetos de lei interferem em suas atribuições constitucionais. "Creio que o Supremo (Tribunal Federal) declararia inconstitucional se isso um dia fosse aprovado no Congresso, na medida em que viola o princípio federativo e também por vício de iniciativa", disse o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). "Matéria desse tipo só pode tramitar nas Assembleias Legislativas, por iniciativa privativa dos governadores. Logo, quem desejar debater deve buscar as instâncias competentes dos Estados."

Como os projetos de lei estavam circulando apenas entre policiais, os governadores ainda não haviam se debruçado sobre essa articulação nem sobre o impacto dos projetos em suas prerrogativas. "Não estava no nosso radar", disse o governador Wellington Dias (PT), do Piauí, presidente do Fórum de Governadores do Nordeste. "Nossa posição é manter o princípio constitucional do poder do eleito na escolha da equipe para as áreas executivas e a Segurança Pública é uma delas."

As propostas também entraram na pauta dos candidatos à presidência da Câmara, Baleia Rossi (MDB-SP) e Arthur Lira (Progressistas-AL). Enquanto Baleia classificou a matéria como "inoportuna", Lira admitiu que pode pautar os projetos "sem preconceitos".

Os dois únicos governadores originários das carreiras envolvidas, Carlos Moisés (PSL), de Santa Catarina - coronel dos Bombeiros -, e Marcos Rocha (PSL), de Rondônia - coronel da PM -, não quiseram se manifestar. Com informações do site estadão.

12 janeiro 2021

Miliciano carioca suspeito de participar da morte do contraventor Fernando Iggnácio é preso em Canavieiras


O suspeito tinha mandado de prisão em aberto e estava hospedado em pousada no litoral sul da Bahia


Um miliciano suspeito de envolvimento na morte do contraventor Fernando Iggnácio de Miranda, no Rio de Janeiro, em 10 de novembro de 2020, foi preso na tarde desta terça-feira (12), em uma pousada, na cidade de Canavieiras, no sul da Bahia, onde estava escondido.

A Polícia Civil da região, que participou da ação, informou que o preso foi identificado como Rodrigo Silva das Neves, de 30 anos. Rodrigo estava foragido da Justiça. Ele é PM e de acordo com a polícia, faz parte de uma milícia que atua no Rio de Janeiro.

No dia 18 de dezembro de 2020, a Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou que tinha identificado quatro suspeitos de envolvimento na morte do contraventor e que um deles era Rodrigo.

Outro homem encontrado com o miliciano também foi detido. A dupla foi encaminhada para a sede da 7ª Coorpin, na cidade de Ilhéus, onde foi realizada a identificação do miliciano e o mandado de prisão cumprido. Após exames, no Departamento de Polícia Técnica (DPT), o miliciano ficará à disposição da polícia carioca.

O diretor do Departamento de Polícia do Interior (Depin), delegado Flávio Góis informou que as equipes de polícia de Ilhéus e Itabuna, ambas cidades no sul da Bahia, com apoio da PM, vão apurar se o miliciano só se escondia na Bahia ou se praticava algum tipo de crime no estado.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP-BA), a prisão ocorreu em ação conjunta das polícias Civil e Militar da Bahia e do Rio de Janeiro. Através de ações de inteligência e de uma ligação anônima para o Centro Integrado de Comunicações (Cicom), equipes da 6ª (Itabuna) e 7ª (Ilhéus) Coordenadorias Regionais de Polícia do Interior (Coorpins) e da 71ª CIPM.

Crime


O contraventor Fernando Iggnácio de Miranda voltava de uma viagem à Angra dos Reis, na Costa Verde, de helicóptero, e, ao desembarcar, foi atingido por vários tiros na cabeça quando caminhava em direção ao carro, ao lado da empresa Heli-Rio.

A mulher de Fernando Iggnácio estava no helicóptero com o marido, mas conseguiu escapar dos disparos. Carmem Lúcia de Andrade Iggnácio chegou a desembarcar da aeronave com o marido mas, quando ouviu os tiros, voltou correndo para o helicóptero, que decolou de novo e pousou em um condomínio no Recreio.

Disputa sangrenta


Fernando Iggnácio disputava desde 1997 pontos de jogos de bicho e de máquinas caça-níqueis na Zona Oeste do Rio com Rogério Andrade, sobrinho de Castor.

A disputa entre os dois começou após o assassinato de Paulo Andrade, o Paulinho, em 1998, filho de Castor e escolhido como herdeiro.

Meses depois, a polícia identificou como autor dos disparos o ex-PM Jadir Simeone Duarte. Em depoimento, Duarte acusou Rogério de ser o mandante do crime.

Com a morte de Paulo, seu cunhado, Fernando Iggnácio, assumiu seu lugar na disputa. De acordo com investigações da polícia, desde a metade da década de 1990, Fernando Iggnácio controlaria a Adult Fifty, empresa que explorava caça-níqueis em toda a Zona Oeste. Em 1998, Rogério de Andrade teria fundado a Oeste Rio.

Investigações da Polícia Federal mostram que a disputa entre os dois, entre 1999 e 2007, resultou em 50 mortes.

No mesmo ano, a polícia deu início a uma operação para apreender caça-níqueis no estado. Os inimigos entraram em guerra e passaram a atacar as máquinas uns dos outros. Dos ataques passaram a assassinatos.

O próprio Rogério foi vítima de uma tentativa de assassinato em 2001.

Em abril de 2010, outro golpe. O filho de Rogério de Andrade, um jovem de 17 anos, morreu num atentado na Barra. Em vez do pai, era o rapaz que dirigia o carro quando uma bomba explodiu.

Em 2007, Rogério Andrade foi preso pela Polícia Federal. Meses depois, Fernando Iggnácio foi pego pela Polícia Civil.

Naquele mesmo ano, Rogério Andrade e Fernando Iggnácio foram alvos da Operação Gladiador, da Polícia Federal, que investigou o esquema da dupla e a corrupção de policiais no RJ.

Este ano, investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ e da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça indicaram que integrantes do Escritório do Crime queriam comprar uma metralhadora ponto 50 para matar Fernando Iggnácio. Com informações do G1.

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