As doações de R$ 253 milhões do Grupo JBS/Friboi na campanha de 2014 não seriam toleradas em qualquer país. Nos Estados Unidos, acabariam na polícia. No Brasil, além de candidaturas majoritárias (presidente, governador e senador), o grupo bancou 163 deputados eleitos. E sem que Joesley Batista (foto), o “rei do gado”, presidente do grupo, explique à Justiça Eleitoral seu interesse em financiar políticos. Joesley Batista investiu R$ 57,6 milhões para eleger 31,8% da Câmara dos Deputados. Bancada maior que o PT (70) e o PMDB (66) somados. O milionário Sheldon Adelson provocou escândalo nos EUA ao doar US$25 milhões à campanha do candidato conservador Newt Gingrich. As doações de pessoas físicas, nos EUA, estão limitadas a US$ 2.600. Doações de pessoas jurídicas são limitadas pela ética e o bom senso. A explicação do JBS virou motivo de galhofa: seu objetivo com doações eleitorais é “contribuir para o debate e o fortalecimento da democracia”. (Cláudio Humberto)
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12 novembro 2014
08 novembro 2014
Itapebi: SAMU Divulga Lista Com Nomes Das Vítimas
12 óbitos; 23 pessoas resgatadas com vida. Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal em Porto Seguro.
A direção do Hospital Regional de Eunápolis informa que duas mulheres passageiras com ferimentos leves foram atendidas no pronto socorro do hospital e já foram liberadas; há dois casos de traumatismo cefálico cujos passageiros fizeram tomografia 19 feridos ainda estão internados. Um passageiro foi atendido no hospital de Itapebi.
O acidente - O ônibus da empresa Rota Transportes foi fechado por uma Kombi em uma tentativa de ultrapassagem e caiu no rio, na altura da cidade de Itapebi, extremo-sul da Bahia. Quando as equipes de resgate chegaram ao local para trabalhar, o veículo estava submerso.
O motorista da Kombi, Adriano Moreira de Souza, foi preso e está detido na delegacia sob suspeita de ter causado o acidente. De acordo com informações da delegacia da cidade, o ônibus transportava 49 pessoas. A Rota Transportes não informou oficialmente quantas pessoas estavam no ônibus. Cerca de 20 foram socorridas para o Hospital Regional de Eunápolis, uma dessas em estado grave. Já outra pessoa foi levada para o Hospital Municipal de Itapebi. A polícia ainda investiga se houve, de fato, outro carro envolvido no acidente. O ônibus acidentado fazia a linha Ilhéus-Porto Seguro. Com informações Bocão News e Rastro 101.
Lista de nomes de 15 das 20 vítimas que foram atendidas com vida no Hospital de Eunápolis:
2-Emerson Santos da Silva
3-Erivaldo de Jesus Almeida
4-Eunice Pereira Firme
5-Franco Marinho
6-Ilma Angélica Lopes
7-Jideval Santos da Silva
8-José Roberto dos Santos
9-Luan Santana
10-Mariana Coelho Araújo
11-Matheus Monteiro Piedade
12-Patrícia Cavalcante Silva
13-Rosemeire Souza Coelho
14-Vera Lucia Nunes
15-Walter Francisco de Oliveira
Nomes de 07 das 12 vitimas fatais do acidente
1-José da Silva Santos (motorista)
2-Valéria da Conceição Rodrigues
3-Zoraide Bondrinni Caran
4-Maria Madalena Nunes do Nascimento
5-Marlene Alves dos Santos
6-Diana Silva Souza
7-Yasmim da Silva lopes (6 anos)
07 novembro 2014
Ônibus Cai De Ponte E 20 Pessoas Podem Ter Morrido No Acidente
O ônibus da empresa Rota, deslocava da cidade de Itabuna com destino a Porto Seguro e despencou da ponte sobre o rio Jequitinhonha, agora há pouco, nas proximidades da cidade de Itapebi. Segundo informações preliminares o acidente aconteceu por volta das 19:45, desta sexta-feira (07), e foi causado quando o motorista que conduzia uma kombi, tentou forçar uma ultrapassagem ao ônibus quando esse estava sobre a ponte, o que fez com que o motorista do ônibus perdesse o controle e despencasse de uma altura de aproximadamente 30 metros. O motorista da Kombi foi detido e encaminhado para a Delegacia de Eunápolis.
Chove na região e as comportas da hidrelétrica de Itapebi estavam parcialmente abertas, o que elevou o nível do rio. Pelo menos 20 dos 48 passageiros podem ter morrido no acidente, inclusive crianças, segundo contam alguns sobreviventes, o ônibus ficou totalmente encoberto pela água. O acidente aconteceu logo na cabeceira da ponte, mas a força da correnteza empurrou o veículo para o meio do rio, os socorristas que estão no local temem que o mesmo seja arrastado, para ainda mais longe.
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Ao serem informados do acidente, os responsáveis pela hidrelétrica fecharam as comportas, o que facilitou o resgate de alguns sobreviventes. Vários barcos de moradores da região estão no local ajudando nas buscas. Os sobreviventes estão sendo levados para os hospitais de Itapebi, Itagimirim e Eunápolis.
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Ao serem informados do acidente, os responsáveis pela hidrelétrica fecharam as comportas, o que facilitou o resgate de alguns sobreviventes. Vários barcos de moradores da região estão no local ajudando nas buscas. Os sobreviventes estão sendo levados para os hospitais de Itapebi, Itagimirim e Eunápolis.
12 outubro 2014
Marina Silva Vai Apoiar Aécio No Segundo Turno
Após uma semana de negociações com o PSDB, a candidata derrotada à Presidência pelo PSB, Marina Silva, anunciou neste domingo (12) que apoiará o candidato tucano Aécio Neves no segundo turno. A decisão foi divulgada, em São Paulo, um dia depois de o presidenciável do PSDB assumir, por meio de uma carta aberta, uma série de compromissos para a área social, entre os quais parte das condições impostas pela ex-senadora para apoiá-lo na reta final da corrida pelo Palácio do Planalto.
"Tendo em vista os compromissos assumidos por Aécio Neves, declaro meu voto e o meu apoio a sua candidatura. Votarei em Aécio e o apoiarei. Votando nesses compromissos, dando um crédito de confiança à sinceridade de propósitos do candidato e de seu partido e, principalmente, entregando à sociedade brasileira a tarefa de exigir que sejam cumpridos", disse Marina, ao final de um pronunciamento de cerca de meia hora, ao lado de seu candidato a vice na eleição presidencial, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS).
"Não estou com isso fazendo nenhum acordo ou aliança para governar. O que me move é a minha consciência, e assumo a responsabilidade pelas minhas escolhas", complementou.
Entre as promessas assumidas pelo tucano no sábado, em resposta às condições apresentadas pela ex-senadora, está, caso seja eleito, a adoção de uma política ambiental sustentável, a priorização do ensino integral no país e a criação de um fundo para tentar solucionar os conflitos entre índios e produtores rurais, além do compromisso de que irá trabalhar para que o Congresso Nacional aprove o fim da reeleição para cargos executivos.
CONDIÇÕES DE MARINA
1-Aceleração da reforma agrária;2-Demarcações de terras indígenas;
3-Definição de unidades de conservação;
4-Adoção de uma política “progressista” em relação ao clima;
5-Prioridade para adoção de escolas em tempo integral;
6-Passe livre para estudantes de escolas públicas;
7-Revisão do fator previdenciário;
O QUE DISSE AÉCIO
1- "A reforma agrária precisa ser retomada com seriedade e prioridade"
2- "Criaremos também o Fundo de Regularização Fundiária, que permitirá resolver as pendências em áreas indígenas nas quais proprietários rurais possuem títulos legítimos de posse da terra, reconhecidos pelo poder público"
3- "Estabeleceremos uma política efetiva de Unidades de Conservação, não apenas para garantir a implantação e o correto uso das já existentes, como para retomar o processo de ampliação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, paralisado no atual governo"
4- "Enfatizo que darei a devida e urgente importância ao trato da questão das Mudanças Climáticas, iniciando um decisivo preparo do país para enfrentar e minimizar suas consequências. Assumo o compromisso de levar o Brasil à transição para uma economia de baixo carbono, magna tarefa a que já se dedicam as nações mais desenvolvidas do planeta, retomando uma postura proativa de liderança global nesta área, perdida no atual governo"
5- "Propomos agora ampliar a cobertura das creches, universalizar o acesso à pré-escola e a adoção da educação em tempo integral para os alunos no ensino fundamental"
6- Aécio não mencionou a proposta de passe livre em sua carta.
7- Aécio não abordou no documento a sugestão de revisar o fator previdenciário. Com informações de G1.
09 outubro 2014
Assembleia Legislativa Renova 33% De Suas Cadeiras
A Assembleia Legislativa teve uma renovação de 33% e a bancada baiana na Câmara Federal de 41%. Na AL-BA, 21 das 63 vagas serão ocupadas por novos membros, enquanto 16 novos baianos irão compor a bancada estadual na Câmara dos Deputados, formada por 39 cadeiras.
O número, porém, pode crescer e chegar a até 40 políticos, a depender de como irão se comportar políticos da coligação Juntos Somos Fortes (PV / PPS / PSDC / PTC / PRP / PT do B) - cujos partidos apoiaram a candidatura de Paulo Souto (DEM) - e da coligação Um Novo Caminho para a Bahia (PSB / PSL / PPL), que estiveram com Lídice da Mata (PSB).
A oposição, a princípio, seria formada por 23 políticos, o que daria ao grupo uma condição um pouco melhor do que ocorreu durante os últimos anos do governo Jaques Wagner (PT).
No total, 17 partidos elegeram representantes para o Legislativo baiano. As legendas com o maior número de integrantes na Casa são PT (11), PSD (8), DEM (6), PMDB (6), PP (5), PDT (5).
A taxa de renovação da Assembleia Legislativa, de 33%, foi consideravelmente menor do que a registrada na última eleição, de 49%. Dos novatos, cinco vieram da Câmara Municipal de Salvador, três deles em seus primeiros mandatos no Legislativo soteropolitano. Marco Prisco (PSDB), Fabíola Mansur (PSB) e Marcell Moraes (PV) chegaram à Câmara soteropolitana em 2012.
Os outros dois vereadores da capital baiana que se elegeram deputados estaduais foram Alan Castro (PTN) e David Rios (PROS). Médicos, ambos haviam se licenciado de seus mandatos na Câmara Municipal.
Líder das duas últimas greves da Polícia Militar no estado, Prisco foi o terceiro deputado estadual mais votado, com 108.041 votos. Mesmo contestado e criticado por veterinários e pessoas ligadas à causa da defesa dos animais, Marcell foi eleito, aumentando a bancada do PV na Casa de um para dois representantes.
Nilo, Isidório, Prisco, Rogério e Fábio foram os 5 mais votados |
Outro evangélico que chegou à AL-BA foi o pastor Manassés (PSB), dono de uma instituição que leva o seu nome e realiza tratamento de recuperação de dependentes químicos, segundo relatos dos conhecidos vendedores de canetas nos ônibus.
O ex-jogador de futebol Bobô, ídolo do Esporte Clube Bahia, também conseguiu se eleger, pelo PCdoB. Ele ocupou o cargo de diretor geral da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb).
Houve ainda, como é usual, deputados que não disputaram a reeleição e conseguiram eleger seus filhos. Foi o caso de João Bonfim, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que colocou Vitor Bonfim (PDT) em seu lugar. Ou de Luciano Simões (PMDB), que elegeu o filho homônimo.
Representantes de 16 partidos formarão no próximo ano a bancada baiana de 39 vagas na Câmara Federal. Dezesseis desses políticos não participaram da última legislatura como deputados federais.
O peemedebista Lúcio Vieira Lima foi o parlamentar baiano mais votado, com 222.164 votos. A renovação na Casa foi de 41%. Com isso, nomes conhecidos como Marcos Medrado (SD) e Amauri Teixeira (PT) não conseguiram a reeleição. Ao mesmo tempo, os ex-prefeitos petistas Luiz Caetano, de Camaçari, e Moema Gramacho, de Lauro de Freitas, se elegeram.
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Renovação Da Câmara Dos Deputados É Superior A 40%
Petistas citados por reportagem da revista Veja como beneficiários de um suposto esquema de caixa 2 envolvendo o Instituto Brasil, Nelson Pelegrino e Afonso Florence renovaram seus mandatos.
Alvo da Operação Lava Jato e do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, Luiz Argôlo (SD) não se reelegeu. Ele chegou a lançar seu irmão Manoelito Argôlo Júnior em uma tentativa de driblar uma possível cassação, caso esta ocorresse antes da eleição, mas o parente também não se elegeu.
Partidos
A correlação de forças aponta no mínimo 23 deputados alinhados com o governador eleito da Bahia, Rui Costa (PT), mas o número pode ser maior ou menor, a depender inclusive do resultado da eleição presidencial.
Os partidos que mais elegeram representantes para a bancada baiana na Câmara Federal foram o PT (8), DEM (4), PSD (4), PP (4) e PSDB (3).
Entre os novatos na Câmara Federal, estão o ex-secretário de Saúde da Bahia, Jorge Solla, a vereadora Tia Eron (PRB), o ex-prefeito de Mata de São João João Gualberto (PSDB), o sindicalista Bebeto Galvão (PSB) e Irmão Lázaro (PSC), ex-Olodum. Com dados de ATarde.
06 outubro 2014
Renovação da Câmara dos Deputados é superior a 40%
Independentemente do resultado final das eleições para Presidência da República, qualquer dos eleitos deve enfrentar dificuldades para aprovar propostas na Câmara dos Deputados, principalmente as relacionadas às reformas e a direitos de segmentos mais vulneráveis da sociedade. Nas urnas, os eleitores acabaram optando por renovar mais de 40% dos deputados federais. Nesse universo, incluíram seis novos partidos na Casa. A partir de janeiro de 2015, as atuais 22 legendas representadas por parlamentares passarão a ser 28.
"Houve uma pulverização partidária e a governabilidade ficará mais difícil", explicou o analista político Antonio Augusto de Queiroz, diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). "Os grandes partidos encolheram, especialmente PT e PMDB, e houve crescimento de pequenas e médias legendas. Isso obrigará o futuro presidente da República a negociar com eles, que não se pautam por questões programáticas ou ideológicas", alertou.
Com as votações nos estados, o PT continua tendo a maior bancada na Câmara, com 70 deputados, mas perdeu assentos. Na atual legislatura, o partido tem 88 parlamentares. O PMDB também teve a bancada reduzida, passando dos atuais 71 para 66 deputados. Entretanto, permanece como o segundo mais representado na Casa. O PSDB aumentou de 44 para 54 deputados o número de parlamentares na Câmara.
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A força das pequenas e médias legendas ocorrerá no caso de alianças. Partidos novos, criados depois das eleições de 2010, como Solidariedade, PROS e PEN, elegeram, respectivamente, 15, 11 e dois deputados federais. Entre as pequenas bancadas, também estão incluídos PDT, com 19 parlamentares, e PRB, com 20. "Se formam uma aliança, superam os grandes com facilidade. A consequência é que a possibilidade de reformas, principalmente a Reforma Política, fica reduzida, porque esses partidos podem entender que serão prejudicados, impedidos de se eleger nas próximas eleições", avaliou Queiroz. Na opinião do analista, outro aspecto, que pode ser avaliado como má notícia, é o perfil de grande parte dos novos deputados.
"Alguns são pastores evangélicos, apresentadores de televisão, especialmente de programas policialescos, ou parentes de políticos famosos [mais de 70 deputados. Isso tornará o próximo Congresso mais conservador", afirmou Antonio Augusto. Lembrou a eleição de nomes como o de Celso Russomano (PRB-SP), deputado federal mais votado do Brasil, com mais de 1,5 milhão de votos, e Jair Bolsonaro (PR), defensor da ditadura militar, que teve 461 mil votos e foi o deputado federal mais votado do Rio de Janeiro.
Outro exemplo é o caso do pastor Marco Feliciano. Depois do período polêmico à frente da Comissão de Direitos Humano da Câmara, obteve quase o dobro dos votos conquistados nas eleições de 2010, somando no pleito de ontem (5) 392 mil votos.
Queiroz salientou que, caso as previsões sejam confirmadas, propostas sensíveis como aborto, maioridade penal e direitos de lésbicas, gays, bissexuais e travestis (LGBT) correm o risco paralisação. "Houve esse expressivo crescimento de setores mais conservadores e uma redução da bancada ligada aos movimentos sociais. Partidos de esquerda perderam mais deputados desses setores sociais. Embora representativa, a renovação não é, necessariamente, qualitativa", assinalou.
Os resultados divulgados ontem pela Justiça Eleitoral ainda podem ter modificações. A conclusão depende do julgamento de candidaturas analisadas pela Lei da Ficha Suja, como é o caso do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP).
Fonte: agência Estado
22 agosto 2014
Governo cria coordenadoria para integrar combate a crimes no Nordeste
Uma portaria do Ministério da Justiça publicada no "Diário Oficial" da União desta quinta-feira, 21 de agosto institui a Coordenadoria Integrada de Segurança Pública do Nordeste.
Formado por representantes de órgãos federais e dos nove Estados nordestinos (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe), o grupo atuará como um fórum de segurança pública, de natureza executiva e deliberativa, cujo objetivo é promover a integração entre os órgãos e instituições para enfrentamento às ações criminosas no Nordeste.
Nos últimos anos, especialistas têm abordado a disseminação da violência pelas várias regiões do país, especialmente no Nordeste. Divulgado no mês passado, o Mapa da Violência 2014 mostra que, entre os anos de 2002 e 2012, a taxa de homicídios no Nordeste quase duplicou, com destaque negativo para o Maranhão, a Bahia e o Rio Grande do Norte, onde as ocorrências mais que triplicaram. Na região, nesse período, o único Estado que conseguiu reduzir o número de assassinatos foi Pernambuco, onde o número de casos diminuiu cerca de 25%.
Entre os representantes federais na coordenadoria estarão servidores das secretarias Nacional de Segurança Pública (Senasp) e Extraordinária de Segurança Para Grandes Eventos (Sesge), ambas do Ministério da Justiça; da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.
A coordenadoria contará com comitês regionais e comissões estaduais de segurança pública. Os comitês avaliarão as atividades e atuarão como órgão consultivo. As comissões deverão organizar oficinas sobre temas estratégicos no combate às organizações criminosas, além de garantir o intercâmbio de informações entre os órgãos integrantes e eleger ações prioritárias. Com informações do site SulBahia News.
30 maio 2014
Índice de homicídios dispara na Bahia
O Mapa da Violência 2014 mostra que o índice de homicídios não parou de crescer na Bahia num período de 10 anos. O maior crescimento ocorreu entre 2003 e 2007, quando o governador era Paulo Souto.
Em 2003, no primeiro ano da administração de Paulo Souto, foram registrados 2.155 assassinatos. No último ano de governo de Souto ocorreram na Bahia 3.278 homicídios.
A pesquisa coordenada pelo Centro Brasileiro Estudos Latino Americano revela ainda que em 2002 foram registradas 1.735 execuções na Bahia. O estudo mostra que a quantidade de mortes violentas não tem parado de aumentar.
Leia mais sobre a violência na Bahia:
O levantamento indica que em 2012, já no segundo governo de Jaques Wagner, ocorreram 5.936 assassinatos. O problema aumentou tanto em municípios como Itabuna e Feira de Santana, quanto em pequenos, como Buerarema.
A pesquisa revela também que apenas três estados nordestinos conseguiram baixar o índice de mortes violentas entre 2011 e 2012, Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Enquanto isso, no Ceará houve aumento de 36,5%.
Já em Roraima, no Norte, a taxa de homicídio cresceu 71,3%. Outro estado naquela região com aumento de assassinatos foi o Acre, com alta de 22,4%.
O Mapa da Violência é um levantamento baseado no Sistema de Informações de Mortalidade, do Ministério da Saúde, que tem como fonte atestados de óbito. O estudo completo será divulgado nos próximos dias. ( A Região)
Policiais Militares Em Festa
MARCO PRISCO TEM PRISÃO REVOGADA POR JUIZ FEDERAL
Representante maior dos policiais, Marcos Prisco, que é vereador em Salvador estava preso desde o feriado da Semana Santa |
Relembre como começou:
PM Baiana Entra Em Greve Por Tempo Indeterminado
A decisão da Justiça saiu na tarde de hoje e a prisão preventiva foi substituída por medidas cautelares. A informação foi confirmada pelo advogado Vivaldo Amaral ao Jornal Correio da Bahia e pelo deputado estadual Capitão Tadeu ( PSB) por meio da redes sociais.
Desarmado Esquema De Sonegação Fiscal No Sul Da Bahia
Uma organização criminosa, envolvida em fraudes fiscais nos setores de distribuição de alimentos e de postos de combustíveis e que atuava em municípios da região sul da Bahia, foi desarticulada nesta sexta-feira (30), por uma força-tarefa integrada pela Secretaria da Segurança Pública/Polícia Civil, por meio da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), Secretaria da Fazenda do Estado e Ministério Público.
Quarenta e nove policiais civis, três promotores de Justiça e 16 servidores da Secretaria da Fazenda participaram da Operação Vesúvio, para o cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão, nas cidades de Jequié, Ubatã, Caravelas, Itabuna, Ibirapitanga e Ipiaú. O empresário Eugenildo Almeida Nunes, líder do esquema fraudulento, que provocou prejuízos superiores a R$ 90,5 milhões ao fisco estadual, se encontra foragido, assim como quatro parentes e um “laranja”, mantidos como sócios.
Foram identificadas 41 empresas pertencentes ao grupo liderado pelo empresário cujo patrimônio reúne 48 imóveis, entre fazendas, terrenos, casas e pontos comerciais, além das empresas.
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Madrugada de terror: assalto a banco deixa três policiais feridos na Bahia
Além de Eugenildo, estão sendo procurados Jane Oliveira, sua companheira, Rejane Oliveira Nunes e Aline Huseel de Oliveira, filhas do casal, Rita Almeida Nunes, irmã do empresário, e Marcos Paulo Pereira Neves. Uma mulher, cujo nome não foi revelado, também apontada como participante do esquema e que tinha um mandado de prisão em aberto, foi capturada em Jequié, onde a Polícia Civil ainda cumpriu seis mandados de busca e apreensão. Os demais ocorreram em Ilhéus e Caravelas. (blog Agravo)
27 maio 2014
Paulo Souto Venceria No Primeiro Turno
Paulo Souto venceria a eleição para governador da Bahia já no primeiro turno, se as eleições fosse hoje. Teria 42% dos votos, mais do que a soma das intenções dos outros quatro candidatos (23%). É o que revela a primeira pesquisa Ibope/Correio para outubro.
O pré-candidato da aliança de oposição ao governo Jaques Wagner (PT) está 31 pontos percentuais à frente da senadora Lídice da Mata (PSB) que tem 11% das intenções de votos apuradas na pesquisa estimulada. O pré-candidato da situação, Rui Costa, seria o terceiro, com 9%. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Os demais pré-candidatos são Rogério da Luz (PRTB), com 2%, e Marcos Mendes (PSOL), com 1% das intenções de votos.
Os demais pré-candidatos são Rogério da Luz (PRTB), com 2%, e Marcos Mendes (PSOL), com 1% das intenções de votos.
Souto também lidera na pesquisa espontânea, com 13%. Ainda na espontânea, Wagner aparece mais bem cotado do que seu candidato, Rui Costa. Eles têm 6% e 3% respectivamente. Costa obteve o mesmo índice para governador que Geddel Vieira Lima, citado espontaneamente por 3%. Nesse levantamento, Lídice aparece apenas com 1%. O levantamento revela que 49% do universo pesquisado não sabe em quem votar ou não quis responder quando provocado a citar espontaneamente um nome.
O democrata, hoje, teria mais votos no interior da Bahia do que na capital: 43% e 36% do eleitorado, respectivamente. O petista também (10% e 9%). Já a socialista teria um eleitorado proporcionalmente maior em Salvador, 14%, do que no interior, 10%.
Num eventual segundo turno, Paulo Souto venceria, hoje, tanto Lídice da Mata (46% x 18%) quanto Rui Costa (48% x 15%). A senadora socialista bateria o petista por 36% contra 16% se a disputa fosse entre eles. Neste caso, a soma dos que anulariam ou votariam em branco é de um terço do eleitorado: 33%.
A pesquisa Ibope/Correio foi realizada entre os dias 15 e 19 de maio de 2014 com 1.008 entrevistados. O nível de confiança utilizado é de 95% e o levantamento foi registrado no TRE sob o protocolo BA-00004/2014 e no TSE, BR-00130/2014 encomendada pela Empresa Baiana de Jornalismo, que edita o Correio.
Padrinhos
Rui Costa (PT) dobra (de 9% para 18%) suas intenções de voto quando o eleitor é informado que ele faz chapa com Otto Alencar e é apoiado pela presidente Dilma Rousseff e por Jaques Wagner.
No mesmo levantamento, Paulo Souto (DEM) seria eleito governador com 41% dos votos com o apoio do senador Aécio Neves (PSDB) e do prefeito ACM Neto (DEM). Mas a senadora Lídice da Mata recua de 11% para 9% quando o entrevistado é informado do apoio do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) e da ex-ministra Marina Silva.
Para o Senado
Geddel Vieira Lima, do PMDB, está com 34% dos votos, seguido por Otto Alencar (PSD), com 14%, e de Eliana Calmon (PSB), com 5%.
Geddel e Otto são mais bem cotados no interior, onde o peemedebista teria 35% dos votos (32% na capital) e o candidato da situação, 15%. Em Salvador, Otto tem 10% das preferências. A socialista concentra mais intenções de voto na capital (6%) do que no interior (5%). O Ibope ouviu 1.008 entrevistados entre 15 e 19 de maio. A margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos. A amostragem foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral no último dia 22 sob o número BA-00004/2014.
21 maio 2014
O Brasil Precisa De Uma Nova Polícia
Criticadas por seu grau de violência e pela baixa eficácia, instituições formam policiais com vícios da ditadura militar. Governos insistem em soluções pontuais que sucumbem às antigas práticas de corrupção e corporativismo
Quem precisa de polícia? A pergunta carregada de indignação estava
entre os muitos e difusos pleitos das manifestações de 2013. A resposta é
óbvia, apesar de incômoda para as alas radicais que querem ‘mudar o
país’, sem dizer exatamente para onde. A todos – exceto aos bandidos –
interessa uma polícia presente, preparada, capaz de servir, intervir e
mediar conflitos que a sociedade não conseguiu equacionar por diálogo e
consenso. O uso da força, é claro, faz parte desse repertório de ações,
mas como recurso extremo.
Não é este o retrato das forças policiais Brasil afora. Tampouco
foram os manifestantes os primeiros a reivindicar mudanças nas
instituições – particularmente as militares. O relatório de 2014 da
organização Human Rights Watch, no capítulo dedicado ao Brasil, cita as
1.890 mortes atribuídas a policiais no ano de 2012 – dado fornecido pelo
Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Diz o relatório: “Nem todas as
mortes ocorridas em decorrência de ação policial resultam do uso
legítimo de força”. Separados os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro,
houve naquele ano, respectivamente, 165 e 362 homicídios cometidos por
agentes. O documento destaca como exemplo o caso do pedreiro Amarildo de
Souza, desaparecido desde 14 de julho do ano passado na favela da
Rocinha, no Rio. Vinte e cinco policiais militares foram denunciados
pelos crimes de tortura, assassinato, ocultação do cadáver e obstrução
da Justiça.
Há um desencontro histórico entre o que se quer da polícia e o modelo
que os governos mantêm nas instituições e na forja de novos policiais.
Apesar de graduados em épocas diferentes, são parecidíssimos, em sua
formação, os 79 PMs réus pelo massacre de 111 presos do Carandiru, em
1992, e os 25 policiais agora julgados no Rio de Janeiro pela morte de
Amarildo. Os agentes do Carandiru foram treinados entre as décadas de 70
e 80; os do Rio, em sua maioria, são egressos de turmas dos anos 2010,
dos bancos da academia dedicados a formar a nova polícia concebida pelo
secretário de Segurança de Estado, José Mariano Beltrame. Na avaliação
de especialistas em segurança pública ouvidos pelo site de VEJA,
mudanças pontuais, como as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) ou os
programas que trazem pequenas inovações, não são suficientes para
entregar à sociedade uma polícia livre de vícios e mais voltada para o
serviço ao cidadão do que para a guerra.
Militares
É a PM o alvo maior das denúncias de
abusos, corrupção, ineficiência e, até, por sua ausência. Afinal, na
divisão de competências estabelecida entre a polícia judiciária e a
ostensiva, coube aos homens e mulheres fardados a missão de travar o
corpo a corpo com a população, em situações que vão das operações de
trânsito à contenção de protestos.
A antropóloga Haydée Caruso, professora da UnB, pesquisou a formação
dos praças da Polícia Militar do Rio em trabalho de mestrado entre 2002 e
2004. Constatou que as principais instruções de procedimentos datavam
da década de 80. O que havia de “novo” eram manuais criados em 1983 pelo
coronel Carlos Magno Nazareth Cerqueira, que comandou a instituição nos
anos 80 e é considerado o criador dos postos de policiamento
comunitário em favelas do Rio. As disciplinas que dominam os currículos
são as de ênfase jurídica e militar.
"As academias de hoje formam profissionais inseguros, que têm pouco
conhecimento sobre a realidade da rua e do que a população quer desse
policial. Rapidamente os conceitos novos são suprimidos pelo que dita a
prática dos veteranos. O treinamento formal, de certa forma, melhorou.
Mas não o suficiente para transformar os padrões de comportamento e a
relação que o agente estabelece com a população”, afirma Haydée.
A formação dos agentes é um reflexo da forma como foram concebidas as
instituições policiais, um problema bem anterior à ditadura militar. As
forças que hoje atuam nas cidades nasceram com o intuito de servir à
sociedade democrática. “Temos no Brasil uma cultura policial muito
arraigada, anterior até à ditadura militar. Nossa estrutura policial foi
concebida para finalidades não vinculadas à sociedade democrática, com a
polícia que caçava escravos, formada por jagunços e milícias com a
finalidade de cumprir interesses que não são os da cidadania, em um
tempo de desigualdade social muito grande”, explica o sociólogo Rodrigo
Azevedo, professor e pesquisador da PUC-RS, especializado em ciências
criminais.
A divisão de competências entre as instituições civis e militares
criou no Brasil um padrão que tem, ao mesmo tempo, sobreposições e
descontinuidade de competências. É a Polícia Militar que age na rua,
aborda o cidadão, prende suspeitos e conduz as “ocorrências”. Mas é a
Polícia Civil a encarregada de registrar, encarcerar, indiciar e
encaminhar os casos ao Ministério Público e, finalmente, à Justiça. Em
resumo, uma força detém os registros, os dados específicos e a
documentação sobre a criminalidade; e é outra corporação a encarregada
de prevenir o crime, atuar nos locais e momentos em que determinado
delito pode ocorrer. Na prática, essa fissura no processo também cria
disputa de poder, com os comandos das duas instituições disputando
controle, por exemplo, sobre as interceptações telefônicas e sobre
posições no Executivo – mais especificamente nas secretarias de
Segurança e nos ministérios ligados a essa área.
A fissura nesse procedimento alimenta uma corrente que defende a
desmilitarização da polícia. Coordenador do Centro de Estudos de
Criminalidade e Segurança Pública da Universidade Federal de Minas
Gerais (Crisp/UFMG), o sociólogo Claudio Beato rejeita medidas abruptas e
radicais sobre as PMs. “A desmilitarização saiu das ruas muito
desfocada. De fato, temos problemas com o sistema no qual duas polícias
trabalham sobre a mesma coisa. A estrutura dupla não funciona. É preciso
criar uma polícia que funcione paralelamente às atuais, até uma
substituição completa. Seria algo como uma polícia metropolitana”,
defende Beato.
A desmilitarização, isoladamente, não é solução, indicam
especialistas ouvidos pelo site de VEJA. Afinal, as instituições civis
também são corroídas por corrupção, corporativismo e pressões políticas e
ideológicas. “A Polícia Civil é cartorial, burocrática, não investiga. O
delegado de polícia – um bacharel em Direito – é muito descolado do
processo de investigação. Lida com tiras que cumprem processos viciados
de uma rotina não necessariamente compatível com que diz essa chefia”,
exemplifica Azevedo.
Truculência
De forma geral, as polícias recebem
mais críticas por excessos do que por suas omissões. De acordo com
Luciane Patrício, superintendente de educação da Secretaria Estadual de
Segurança Pública do Rio de Janeiro, o currículo de formação dos praças
da PM foi reformulado em 2012, com mais foco em disciplinas técnicas e
conteúdo humanístico. Mas ela reconhece que as boas práticas ensinadas
na academia ainda precisam ser respaldadas por uma mudança na "estrutura
institucional". "Toda a estrutura institucional precisa caminhar nessa
mesma direção. Essa lógica de formação militar está em disputa com uma
lógica que defende um policial que preste serviço para a comunidade.
Ainda predomina uma doutrina militar, de que existe um inimigo público a
ser perseguido. Acredito, porém, numa superação da lógica cidadã, de
que a polícia é prestadora de serviço e não para fazer guerra", diz
Luciane.
As UPPs ainda são, com todos os defeitos, o programa que mais
apresentou resultados no Rio de Janeiro – um local onde o crescimento do
tráfico de drogas e das quadrilhas parecia algo impossível de combater.
Mas, como alertam os especialistas em segurança, como projeto pontual,
as unidades da polícia instaladas em favelas têm limitações. O pedido de
ajuda ao governo federal e às Forças Armadas, que possibilitam agora a
ocupação do Complexo da Maré, comprova a tese. As UPPs são vitais para
que o Estado do Rio não regrida, mas sozinhas não dão conta do problema.
Desde a ocupação do Morro Dona Marta, em Botafogo, em 2008, até o
estágio atual, o programa se expandiu e abarcou ao todo 37 favelas. Em
algumas delas, no entanto, o objetivo de “pacificar” ainda é algo
distante, e os PMs tornaram-se alvos de bandidos ou, como a “velha
polícia”, carecem de credibilidade. Com informações da revista Veja.
Médicos E Governo Divergem Sobre Capacidade De Atendimento Na Copa
Em Salvador, governo e médicos se dividem em relação à capacidade de atendimento diante da expectativa da chegada de milhares de turistas atraídos pelos três clássicos europeus que serão disputados na Arena Fonte Nova na Copa; o governo garante que a estrutura montada é suficiente para atender a demanda, mas representantes do Sindicato dos Médicos da Bahia discordam; "Tanto o serviço municipal quanto estadual na Bahia estão passando por grandes dificuldades", diz Francisco Magalhães (foto), presidente do Sindimed
Em Salvador, semanas antes do início da Copa do Mundo, governo e
profissionais de saúde se dividem em relação à capacidade de atendimento
diante da expectativa da chegada de milhares de turistas atraídos pelos
três clássicos europeus que serão disputados na Arena Fonte Nova. O
resultado só poderá ser medido no final da Copa do Mundo. O governo
garante que a estrutura montada é suficiente para atender a demanda. Já
representantes do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed-BA)
discordam.
"Tanto o serviço municipal quanto estadual na Bahia estão passando
por grandes dificuldades", disse Francisco Magalhães (foto), presidente
do Sindimed, ao mencionar a falta de estrutura e profissionais nas
unidades. "As instalações estão precárias e, em termos de pessoal, há
restrição de contratações e isso começa a se constituir em precarização.
Os [profissionais] que têm, acabam trabalhando mais, com sobrecarga".
No início de maio, médicos da rede municipal de Salvador decidiram
aderir à greve, deflagrada por outros servidores da capital baiana e que
terminou na semana passada.
A Arena Fonte Nova será palco da disputa entre Espanha e Holanda, no
dia 13 de junho; Alemanha e Portugal, no dia 16 e Suíça e França, no dia
20. Nesses dias, três postos de atendimento funcionarão no perímetro do
estádio, com médicos e enfermeiros, abrindo três horas antes da partida
e fechando uma hora depois. O mesmo esquema será repetido no dia 25,
durante a partida entre Irã e Bósnia-Herzegovina, e nos dias 1º de
julho, em uma partida das oitavas de final, e 5 de julho, durante um dos
jogos das quartas de final.
Luciana Peixoto, diretora de Atenção e Saúde da Secretaria Municipal
de Saúde e responsável pela área durante o Mundial, explicou que os
profissionais lotados nas unidades de atendimento avançado estão
preparados para atender desde casos mais simples de ortopedia até fazer
pequenas cirurgias. Números do governo apontam que, no perímetro da
arena, vão atuar mais de 160 profissionais de saúde, entre médicos,
enfermeiros, técnicos em enfermagem, condutor do Serviço Móvel de
Atendimento de Urgência (Samu) e agentes da vigilância sanitária.
"As equipes das unidades de emergência próxima à arena também terão
mais profissionais de enfermagem do que o normal. Se tem oito terão,
pelo menos, dez enfermeiros", acrescentou.
O governo aposta no esquema e diz que as experiências vividas nos
eventos-testes, como o carnaval fora de época e a Copa das
Confederações, provaram que a estrutura montada é suficiente para
atender ao evento. "A rede já tem expertise de fazer o carnaval. O posto
é similar, tem a mesma estrutura e profissionais capacitados que já
sabem como encaminhar. A experiência na Copa das Confederações mostra
que transferimos menos de 10% das pessoas atendidas nos postos",
informou a diretora.
Luciana Peixoto garantiu que os atendimentos aos moradores da cidade
não serão prejudicados com a chegada de um número maior de turistas. "Na
rede de urgência e emergência, aumentamos mais uma Unidade de Pronto
Atendimento (UPA) e em junho teremos mais uma para atendimento imediato e
estamos reforçando as unidades existentes".
Durante o Mundial, além das dez UPAs que estarão em funcionamento em
Salvador, quatro hospitais estaduais na capital, além da unidade de
ortopedia, foram acionados para funcionarem como unidades de retaguarda
caso seja necessário transferir pacientes. Não existem hospitais
municipais em Salvador.
De acordo com informações do plano integrado de saúde para a Copa,
formulado por órgãos do estado e do município, a rede estadual tem 217
leitos clínicos e 78 de UTI. Durante o período dos jogos, haverá cerca
de 50 ambulâncias do Samu.
Grávidas denunciam médico cubano por abuso sexual
Polícia Civil de Goiás investiga denúncia de três mulheres contra integrante do programa do governo federal Mais Médicos que atua desde o começo do ano na cidade de Luziânia (GO), região do Entorno de Brasília; elas alegam que clínico geral cometeu atos libidinosos durante consultas; Secretaria Municipal de Saúde afastou profissional e informou caso ao ministério; médico será ouvido nesta terça-feira (20) pela delegada que investiga o caso
Goiás - Três grávidas acusam um médico cubano, integrante do Programa Mais Médicos do governo federal, de praticar abuso sexual contra elas durante atendimento num posto de saúde na cidade de Luziânia (GO), na região do Entorno do Distrito Federal.
Uma delas disse à Polícia Civil que ele pediu para ela se deitar numa maca e, durante a consulta de rotina para verificar a situação de uma infecção urinária, o profissional tocou suas parte íntimas com intenção de praticar ato libidinoso.
O profissional atuava no posto desde o começo deste ano. As mulheres que o acusam já passaram por exame de corpo de delito. “A forma como ele agia é a mesma. Eram gestantes e aí, na consulta de rotina, para verificar a situação gestacional, ele praticava o ato libidinoso com as vítimas”, afirmou a delegada Dilamar de Castro, que deve ouvir o acusado nesta terça-feira (20).
A Secretaria de Saúde de Luziânia informou que já afastou o médico do trabalho. O órgão disse ainda que já repassou as denúncias para o Ministério da Saúde, responsável pelo Mais Médicos e por contratar o profissional.
Uma delas disse à Polícia Civil que ele pediu para ela se deitar numa maca e, durante a consulta de rotina para verificar a situação de uma infecção urinária, o profissional tocou suas parte íntimas com intenção de praticar ato libidinoso.
O profissional atuava no posto desde o começo deste ano. As mulheres que o acusam já passaram por exame de corpo de delito. “A forma como ele agia é a mesma. Eram gestantes e aí, na consulta de rotina, para verificar a situação gestacional, ele praticava o ato libidinoso com as vítimas”, afirmou a delegada Dilamar de Castro, que deve ouvir o acusado nesta terça-feira (20).
A Secretaria de Saúde de Luziânia informou que já afastou o médico do trabalho. O órgão disse ainda que já repassou as denúncias para o Ministério da Saúde, responsável pelo Mais Médicos e por contratar o profissional.
Fonte: site 247
30 março 2014
50 Anos Do Golpe Militar De 64 - Entenda Como Foi
As causas e condições do golpe militar de
1964 foram os seguintes: a radicalização da “política de massas”
promovida pelo populismo de esquerda e a mobilização popular que a
acompanhava; a reação conservadora das elites e das Forças Armadas
contra o governo de João Goulart; a redução do crescimento
econômico e o descontrole da inflação; a pressão externa dos
Estados Unidos a favor da conspiração em nome da “segurança”
do hemisfério ocidental no contexto da guerra fria.
O
general Humberto Castelo Branco foi o primeiro presidente do regime
militar de 1964. Durante seu governo (1964-1967) começou a enxurrada
de decretos, leis, Atos Institucionais e Emendas
Constitucionais:
Ato Institucional n° 1 (10/04/64) –
autorizava a cassação de mandatos e a suspensão de direitos
políticos de parlamentares, governadores, funcionários públicos e
líderes sindicais, além dos ex-presidentes Jânio Quadros, João
Goulart e Juscelino Kubitschek. Determinou também a eleição
indireta para a Presidência da República.
Ato Institucional
n° 2 (27/10/65) – dissolveu os partidos políticos existentes e
criou o bipartidarismo. Surgiu, um partido do governo – a Aliança
Renovadora Nacional (ARENA) – e outro de oposição, o Movimento
Democrático Brasileiro (MDB).
Lei de Imprensa (9/2/67) –
impôs restrições à liberdade dos meios de comunicação,
sobretudo aos jornais e revistas, prevendo ainda o direito a censura
prévia a livros, revistas e espetáculos.
No
plano econômico, o governo Castelo Branco anunciou um programa
econômico denominado PAEG (Plano de Ação Econômica do Governo), a
fim de combater a inflação, estimular as exportações e
desestimular as importações. O Paeg alcançou vários objetivos com
a redução da inflação e a recuperação das exportações
agrícolas.
Resistência
E Repressão
Em
março de 1967, tomou posse o segundo presidente militar, o general
Artur da Costa e Silva (1967-1969). Durante o seu governo, cresceu no
país a reação ao regime militar, mobilizando diversos setores
sociais e políticos no Brasil.
Formou-se
ainda em 1966 a Frente Ampla, com Carlos Lacerda, ex-governador do
estado da Guanabara (hoje Rio de Janeiro), que se aliou com os
ex-presidentes João Goulart e Juscelino Kubitschek e parte do MDB,
que almejavam preparar um bloco de resistência liberal-democrático.
Contudo, a Frente Ampla não conseguiu a trair o apoio da população
e acabou se extinguindo.
Na
verdade, a mobilização popular de expressão contra o regime seria
o movimento estudantil. Liderados por dirigentes da União Nacional
dos Estudantes (UNE), que atuava na clandestinidade, os estudantes
promoviam manifestações e comícios em todas as grandes cidades do
país.
No dia 27 de Outubro de 1964, o Congresso Nacional já
havia extinguido a UNE e todas as uniões de estudantes estaduais,
aprovando a Lei Suplicy.
O
auge dos protestos estudantis se deram a partir da morte do estudante
paraense Edson Luís de Lima Souto assassinado pela Polícia Militar
em 28 de março de 1968 durante um confronto no restaurante
Calabouço, centro do Rio de Janeiro. Edson foi o primeiro estudante
assassinado pela Ditadura Militar e sua morte marcou o início de um
ano turbulento de intensas mobilizações contra o regime militar.
Marcha Dos Cem Mil |
Centenas
de cartazes foram colados na Cinelândia com frases como "Bala
mata fome?", "Os velhos no poder, os jovens no caixão"
e "Mataram um estudante. E se fosse seu filho?".
Em
26 de junho ocorre a Passeata dos Cem Mil, uma manifestação de
protesto, em consequência da morte do estudante secundarista Edson
Luís. A manifestação reuniu mais de cem mil pessoas, no centro da
cidade do Rio de Janeiro, na zona conhecida como Cinelândia, o que
representou um dos mais significativos protestos no período
ditatorial do Brasil.
A
música popular também foi utilizada para propagar a resistência contra o regime militar. Na década de 60, os festivais de música
popular da TV Record, de São Paulo, serviram como veículo para
expressar a indignação dos artistas contra a opressão imposta pela
ditadura. É dessa época a música “Pra não dizer que não falei
de flores”, mais conhecida como “Caminhando”, de Geraldo
Vandré, que se tornou um hino de contestação e mobilização
contra o regime militar, juntamente com o samba “Apesar de você”,
de Chico Buarque de Holanda.
Caminhando
tornando-se um hino de resistência contra o governo militar foi
censurada. O Refrão “Vem,
vamos embora / Que esperar não é saber / Quem sabe faz a hora, /
Não espera acontecer”
foi interpretado como uma chamada à luta armada contra os ditadores.
“Apesar
de você” é uma canção escrita e originalmente interpretada por
Chico Buarque de Hollanda, em 1970 , no exílio em Roma. A canção,
por implicitamente lidar com a questão da falta de liberdade durante
a época da ditadura militar, foi proibida de ser executada pelas
rádios no Brasil pelo governo Médici.
Hoje você é quem manda
Falou, tá faladoNão tem discussão, não.A minha gente hoje andaFalando de lado e olhando pro chão.Viu?Você que inventou esse EstadoInventou de inventarToda escuridãoVocê que inventou o pecadoEsqueceu-se de inventar o perdão.(Coro)
Apesar de você
amanhã há de ser outro dia.Eu pergunto a você onde vai se esconderDa enorme euforia?Como vai proibirQuando o galo insistir em cantar?(Letra de “Apesar de você”, de Chico Buarque de Holanda, 1970.)
A
Guerrilha Urbana
Setores
radicais de esquerda começaram a atacar o governo com ações
clandestinas armadas, como assaltos a bancos, sequestro de diplomatas
e atentados contra autoridades e unidades militares.
Uma
das primeiras organizações a pegarem em armas contra a ditadura foi
a Ação Libertadora Nacional (ALN), uma organização revolucionária
comunista brasileira de oposição ao regime militar, surgida no fim
de 1967, com a expulsão de Carlos Marighella do Partido Comunista do
Brasil (ex-PCB). A ALN tinha a proposta de uma ação objetiva e
imediata contra a ditadura militar, defendendo a luta armada e a
guerrilha como instrumento de ação política.
Além
da ALN, houve na guerrilha urbana, a VAR-Palmares e o MR-8. A
Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares) foi uma
organização brasileira de esquerda que combateu o regime militar.
Surgiu em julho de 1969, como resultado da fusão do Comando de
Libertação Nacional (Colina) com a Vanguarda Popular Revolucionária
(VPR) de Carlos Lamarca.
O Movimento Revolucionário 8 de
Outubro (MR8) foi uma organização brasileira de esquerda, com
orientação marxista-leninista, que participou do combate armado à
Ditadura no Brasil. Seu nome rememora a data em que o guerrilheiro
argentino Che Guevara foi capturado pela CIA na Bolívia.
As
principais ações da guerrilha urbana no Brasil de 1968 a 1970
foram: o assalto ao trem pagador da ferrovia Santos-Jundiaí
(10/6/1968), pela ALN; o ataque ao QG do II Exército (26/6/1968),
pela VPR; o roubo do cofre de Adhemar de Barros (11/5/1969), contendo
pouco mais de 2,8 milhões de dólares, em espécie, o equivalente a
16,2 milhões de dólares de 2007, pela VAR-Palmares; o assassinato
do capitão do Exército dos Estados Unidos e suposto agente da CIA
Charles Rodney Chandler (12/10/1969), pela VPR; o sequestro do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick (4/9/1969), pela ALN
e o MR-8.
A
maioria dos guerrilheiros eram estudantes, com idade média de 23
anos, que haviam se mobilizados nas ruas em 1968. Boa parte havia
abandonado as universidades. De cada dez ações de guerrilha, oito
buscavam dinheiro, armas, papéis de identidade. As ações mais
ofensivas, como os sequestros de diplomatas, destinavam-se a tirar
gente da cadeia ou do país.
A
destruição das organizações armadas começou em 1969, a partir da
organização das atividades de policia política dentro do Exército.
No final de 1970, todas as organizações da guerrilha urbana estavam
desestruturadas.
A
Guerrilha No Campo
No
campo, a mobilização guerrilheira teve sua maior expressão com a
Guerrilha do Araguaia. A Guerrilha do Araguaia foi um conjunto de
operações guerrilheiras ocorridas durante a década de 1970. O
movimento foi organizado pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB),
oriundo de uma cisão no PCB. Os integrantes do PCdoB pretendiam
combater o governo militar e implementar o comunismo no Brasil,
iniciando o movimento pelo campo.
Área De Atuação Da Guerrilha No Araguaia |
Os
guerrilheiros eram em sua maioria estudantes, professores e
profissionais liberais. Os militantes do PCdoB começaram a chegar na
região a partir do final da década de 1960. Oriundos do sul e
sudeste, eram chamados de “paulistas”.
Estima-se
que participaram em torno de setenta a oitenta guerrilheiros sendo
que, destes, a maior parte se dirigiu àquela região em torno de
1970. Entre eles, estavam Osvaldo Orlando Costa (o “Osvaldão”),
o médico João Carlos Haas Sobrinho, a estudante de biologia da
Universidade Federal Fluminense Cristina Moroni de 21 anos, Maria
Célia Corrêa, 26 anos, estudante da Faculdade Nacional de
Filosofia, além do ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT),
José Genoíno, que foi detido pelo Exército em 1972.
Os
guerrilheiros se estabeleceram em uma região onde os estados de
Goiás, Pará e Maranhão faziam fronteira, às margens do rio
Araguaia-Tocantins, próximo às cidades de São Geraldo e Marabá no
Pará e de Xambioá, no norte de Goiás (região onde atualmente é o
norte do Estado de Tocantins, também denominada como Bico do
Papagaio).
Logo,
procuraram se integrar às comunidades locais. Para isso, faziam seus
roçados, montavam farmácias e, de acordo com suas habilidades,
ajudavam em partos, faziam cirurgia e dedicavam-se a alfabetização
da população local.
Os
guerrilheiros criaram a ULDP (União pela Liberdade e pelos Direitos
do Povo), onde discutiam as reivindicações de interesse dos
moradores locais, sobretudo questões relacionadas à grilagem e
repressão, estimulando a consciência política da população e
buscando apoio para a guerrilha. Também se organizaram militarmente
com a formação das FORGAs (Forças Guerrilheiras do Araguaia),
promovendo treinamentos e ações de guerrilha.
O
Exército Brasileiro descobriu a localização do núcleo
guerrilheiro em 1971 e fez três investidas contra os rebeldes. Os
guerrilheiros, surpreendidos, se refugiaram armados na floresta. As
operações de guerrilha iniciaram-se efetivamente em 1972, tendo
oferecido resistência até março de 1974.
Em
1972, no primeiro choque com a guerrilha, uma tropa do Exército foi
desbaratada. Em 5 de maio, outra tropa foi desbaratada pela
guerrilha, um tenente foi ferido e o cabo Odílio Cruz Rosa, da 5ª
Companhia de Guardas de Belém foi morto. A guerrilha também atacou
uma base do 2° Batalhão de Infantaria de Selva e matou o sargento
Mário Abrahim da Silva.
Em
janeiro de 1975 as operações foram consideradas oficialmente
encerradas com a morte ou detenção da maioria dos guerrilheiros.
Em
1976 ocorreu a chamada Chacina da Lapa quando foram executados os
últimos dirigentes históricos do PCdoB.
Os
Anos De Chumbo
A
repressão da ditadura militar contra qualquer ofensiva contrária ao
regime começa a ser instituída desde a eclosão do golpe. Em Junho
de 1964, foi criado o Serviço Nacional de Informações (SNI), onde
eram catalogados e fichados aqueles que eram considerados inimigos do
Estado, que eram considerados perigosos à Segurança Nacional. O SNI
coordenava e catalogava todas as informações que poderiam ser
relevantes: cidadãos e suas ações eram rastreadas, grampeadas,
fotografadas.
Diante
da ofensiva estudantil e guerrilheira a reação da ditadura foi
endurecer a repressão, sobretudo durante os governos dos presidentes
Costa e Silva (1967-1969) e Emílio Garrastazu Médici (1969-1974).
Em
13 de Dezembro de 1968, o Presidente Costa e Silva decretou, mandou
publicar e cumprir o Ato Institucional Número 5 (o AI-5). Dava-se
início aos anos de chumbo.
Pelo
disposto no ato, os militares tinham o direito de decretar o recesso
do Congresso, das Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais.
Foi retirada toda a estabilidade e independência do Poder
Judiciário, pois o Executivo poderia mandar suspender habeas-corpus
sob a acusação de crime político contra qualquer cidadão em
qualquer momento. A cassação de direitos políticos poderia ser
decretada com extrema rapidez e sem burocracia, o direito de defesa
ampla ao acusado foi eliminado, suspeitos poderiam ter sua prisão
decretada imediatamente, sem necessidade de ordem judicial, os
direitos políticos do cidadão comum foram cancelados e os direitos
individuais foram eliminados pela instituição do desacato à
autoridade.
Além
do AI-5, outras medidas foram tomadas como:
Criação das
Áreas de Segurança Nacional (1968): municípios brasileiros,
inclusive as capitais estaduais, foram declarados “áreas de
segurança nacional”, perdendo sua autonomia e passando a ter
prefeitos nomeados pelo governo federal.
Ato Institucional n°
14 (1969): determinava a pena de morte ou a prisão perpétua para os
crimes da “guerra revolucionária e subversiva”.
Emenda
Constitucional n° 2 (1972): estabelecia eleições indiretas para os
governadores estaduais.
Criação do Colégio Eleitoral
(1973): órgão destinado a eleger o presidente da República.
Foram
também ampliados em nível nacional os aparelhos policiais e
militares de repressão, centrados nos DOI-CODIs. Os CODIs eram os
Centros de Operação de Defesa Interna, sendo órgãos de
planejamento das ações de defesa. Os DOIs eram os destacamentos de
operações de informações surgidos a partir de 1970 no Rio de
Janeiro, São Paulo, Recife, Belém, Brasília, etc. Seus
destacamentos faziam as investigações, buscavam informações e
realizavam a busca e apreensão. Os DOIs faziam o trabalho sujo:
prisão, interrogatório, tortura e assassinato.
O
tenente e torturador Marcelo Paixão de Belo Horizonte de 1968 a
1971, descreve o método de tortura utilizado:
“A primeira coisa era jogar o sujeito no meio de uma sala, tirar a roupa dele e começar a gritar para ele entregar o ponto (lugar marcado para encontros) e os militantes do grupo. Era o primeiro estágio. Se ele resistisse, tinha um segundo estágio, que era mais porrada. Uma dava tapa na cara. Outro, soco na boca do estômago. Se não falava, tinha dois caminhos. Dependia muito de quem aplicava a tortura. Eu gostava muito de aplicar a palmatória. É muito doloroso, mas faz o sujeito falar. (...) Você manda o sujeito abrir a mão. O pior é que, de tão desmoralizado, ele abre. Aí se aplicam dez, quinze bolos na mão dele com força. A mão fica roxa. Ele fala. A etapa seguinte era o famoso telefone das Forças Armadas. (...) É uma corrente de baixa amperagem e alta voltagem. (...) Eu gostava muito de ligar nas duas pontas dos dedos. Pode ligar numa mão e na orelha, mas sempre do mesmo lado do corpo. O sujeito fica arrasado. O que não pode fazer é deixar a corrente passar pelo coração. Aí mata. (...) O último estágio em que cheguei foi o pau-de-arara com choque. Isso era para o queixo-duro, o cara que não abria nas etapas anteriores.”(Entrevista de Marcelo Paixão de Araújo a Alexandre Oltramari, revista Veja, 9 de dezembro de 1998. pp. 42-53.)(Entrevista de Marcelo Paixão de Araújo a Alexandre Oltramari, revista Veja, 9 de dezembro de 1998. pp. 42-53.)
A
ditadura estimulou também a ação de grupos paramilitares de
direita, reunindo civis, policiais e militares, como os Comandos de
Caça aos Comunistas (CCCs) e os Esquadrões da Morte, que realizavam
atentados contra teatros, igrejas, sindicatos, órgãos de imprensa,
etc.
No
dia 18 de Julho de 1968 integrantes do Comando de Caça aos
Comunistas (CCC) invadem o Teatro Ruth Escobar, em São Paulo,
espancam o elenco da peça Roda Viva.
Em 1969, diversos
artistas, como Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso e Geraldo
Vandré sofrem pressões políticas e são obrigados a deixar o
país.
Com
a assinatura do AI-5, a censura a imprensa tornou-se implacável. O
jornal O
Estado de São Paulo teve
por diversas vezes seu prédio invadido e suas máquinas para
produzir seus jornais paradas por chefes da Polícia Federal. O
Jornal do Brasil teve um de seus diretores preso, o embaixador José
Sette Câmara, ex-governador do estado da Guanabara.
A
censura não permitia que nenhum jornal divulgasse notícias sobre
recessão econômica e financeira ou sobre atos terroristas,
preparação de guerrilhas, movimentos operários, greves, explosão
de bombas, assaltos a bancos, roubo de armas, etc.
O
jornal semanário de vanguarda O Pasquim
sofreu
atentados a bombas e chegou a ter toda a sua redação presa. Outro
semanário, o Opinião
teve
cerca de 5 mil publicações vetadas pela censura. Seu diretor,
Fernando Gasparian foi detido, e explodiu-se uma bomba em sua sede.
Uma
das ações mais marcantes da repressão da ditadura foi a morte do
jornalista Vladimir Herzog, em 25 de outubro de 1975. Diretor de
jornalismo da TV Cultura de São Paulo, Herzog foi acusado de
pertencer ao PCB. Apresentando-se voluntariamente no DOI-CODI de São
Paulo, foi encontrado morto em uma das celas do órgão, enforcado
com seu próprio cinto. Ninguém acredita na versão oficial de
suicídio.
Corpo De Herzog No DOI-CODI |
Fonte: Blog Nova História
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