13 fevereiro 2014

Buerarema volta a enfrentar a PM e assassinos já foram identificados


Durante toda a manhã de quarta-feira, produtores rurais e familiares de Juraci Santana protestaram contra o governo federal e o Ministério Público Federal, em Ilhéus. Houve tiros de borracha e bombas de gás pela PM.
Apesar da revolta, o clima foi tranqüilo durante a manhã e a tarde, porém à noite a população voltou a ocupar a BR-101 no km 526, gerando um enorme congestionamento na pista que vem do sul.
Na outra pista, que vem de Salvador, o trânsito foi interrompido pela Polícia Rodoviária Federal no Posto Fiscal de Itabuna. Todos os motoristas tiveram que retornar. O vereador Ariosvaldo Vieira foi preso e levado para Itabuna.
Mesmo assim, a situação foi menos violenta que a da terça, quando os protestos começaram por volta das 9 horas, logo após a notícia da morte de Juraci, e atingiram o centro de Buerarema, com destruição de bancos.
Nesta quarta-feira chegaram ao sul da Bahia as primeiras tropas do Exército que farão a segurança na área do conflito. O envio decorre de pedido do governador Jaques Wagner ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

É um instrumento legal chamado GLO - Garantia da Lei e da Ordem, que permite às Forças Armadas assumir a segurança pública. Os 100 soldados já estão na região e Una e Buerarema.
Também houve protesto em frente ao Ministério Público Federal em Ilhéus, contra o pedido, feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal, de suspensão das reintegrações de posse.

Os pequenos agricultores, que são donos legítimos das terras há várias gerações se revoltaram com o pedido do MPF, que beneficia diretamente a quadrilha que invadiu 70 fazendas na região alegando serem "indígenas".

A polícia já tem o nome dos criminosos que invadiram o Assentamento Ipiranga e mataram o agricultor Juraci Santana. O crime ocorreu na madrugada de terça-feira, no Maroim, em Una.
A vítima era líder do assentamento e vinha recebendo ameaças de morte há quase um ano. Testemunhas ouvidas pela polícia civil disseram que três homens atacaram a casa do produtor e já chegaram atirando em Juraci.

Os criminosos foram reconhecidos como sendo os "caciques" Pascoal e Cleilton, e um terceiro, identificado apenas como filho do Pascoal. Eles queriam que Juraci e os assentados se autodeclarassem "índios", como fizeram.
O corpo de Juraci Santana foi velado no centro de Buerarema e sepultado no final da tarde. Mais de cinco mil pessoas foram às ruas para acompanhar o velório e protestar contra o governo Dilma.

Fonte: A Região

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