O Advogado canavieirense, Davi Pedreira, que assiste a família diz que tem indícios de que a morte não foi natural
Nove
anos depois da morte do então prefeito de Jussari, Valdenor
Cordeiro, ainda permanece a dúvida: homicídio ou morte natural?
Atendendo a um pedido do Ministério Público Estadual (MP-BA), o
juízo da 1ª Vara do Júri em Itabuna determinou a reconstituição
do caso. Davi Pedreira, advogado da família de Valdenor, reúne
depoimentos e aponta indícios de que a morte não teria sido
natural.
“Quando
foi encontrado o corpo da vítima, o imóvel estava bastante
bagunçado, com muitas coisas quebradas e fora do lugar”, diz o
advogado, acrescentando que uma empregada que trabalhava na casa da
vítima encontrou seringa no forro do imóvel dois meses após o
crime, o que reforçaria a tese de morte por envenenamento.
Todos
os exames toxicológicos já realizados pela polícia técnica
descartaram o envenenamento do prefeito, encontrado morto em sua
própria residência um dia depois da posse. Davi lembra que a
Valdenor, antes da posse, afirmou que estava recebendo ameaças.
Uma
das chaves para esclarecer a morte de Valdenor é a testemunha
Valdelice de Jesus Maciel. Ela depôs várias vezes à polícia, cita
Davi, e reafirmava ter visto seis homens pulando o muro para entrar
na casa da vítima. Todos eles foram reconhecidos e citados
nominalmente.
Segundo
Davi, um dos suspeitos citados pela empregada é o secretário de
Administração de Jussari, José Guimarães. Outros dois são
guardas municipais: Roni Monteiro e Raimundo de Souza do Carmo,
conhecido como Bem-Te-Vi. Os demais citados foram Josivaldo de
Almeida Cabral, Simão Cavalcante Lucas e Tamar Monteiro. Desde o
início das investigações, apenas Josivaldo foi preso. Ele, segundo
as investigações, dizia que havia matado o homem mais importante da
cidade.
Durante
as investigações foram encontradas grandes quantidades de veneno na
residência e um copo que não estaria quebrado se não tivesse sido
arremessado. O copo continha substância tóxica.
EXUMAÇÃO
E EXAMES TOXICOLÓGICOS
Desde
a morte, houve exumação do corpo em 2008 e foram feitos exames
toxicológicos, pelo menos, duas vezes. Apesar disso, não foram
encontrados indícios de substâncias venenosas, de acordo com os
laudos. Também não houve constatação de fratura. Com informações do site Pimenta Na Muqueca.
Valdenor foi morto 1 dia após tomar posse como prefeito |
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