27 julho 2023

Contradição na Versão do Assassino de Marielle Franco: Mulher Desmente Presença de Ronnie Lessa em Casa no Dia do Crime


A mulher de Ronnie Lessa, ex-PM identificado como executor da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, contradisse a versão do marido de que ele estava em casa na noite do crime, ocorrido em 14 de março de 2018. As informações são do Jornal Nacional, da TV Globo, que obteve acesso ao depoimento.

Elaine Lessa afirmou que Ronnie não estava em casa na data do crime, retornando apenas ao amanhecer. Ela mencionou que esteve na residência quase todo o dia, saindo apenas para levar o filho à aula de inglês. Sua versão diverge daquela defendida por Ronnie desde que foi preso, há quatro anos.

As Divergências nas Versões do Caso

Ronnie sustenta que ele e Élcio de Queiroz passaram o fim da tarde e início da noite bebendo em sua casa, saindo apenas para assistir a um jogo em um bar. Entretanto, no novo depoimento realizado dois meses atrás, Elaine confirmou que permaneceu em casa naquele dia, ausentando-se apenas para levar o filho ao curso de inglês à tarde. Ao retornar por volta das 18h30, ela afirma que ninguém estava na residência e que Ronnie só teria chegado próximo ao amanhecer.

Confissão e Delação Premiada

De acordo com o Jornal Nacional, os investigadores afirmam que após ser confrontado com as novas evidências, Élcio confessou ter dirigido o carro, e que Ronnie foi quem atirou contra as vítimas.

Detalhes Revelados na Delação

Élcio detalhou ao Ministério Público e à Polícia Federal que a execução teria sido orquestrada por Ronnie Lessa ao longo de oito meses, período no qual a vereadora foi seguida e observada. A dupla teria contado com a participação de Maxwell Simões Correa, o Suel, preso recentemente.

Ele também mencionou a existência de um sexto participante, que teria descartado o carro usado no crime, um Cobalt, posteriormente desmontado. Além disso, duas pessoas vazaram informações oficiais da investigação para os criminosos.

Élcio também indicou que o crime foi encomendado por um ex-colega, o sargento reformado da PM Edimilson Oliveira da Silva (o Macalé), assassinado em novembro de 2021.

Quem é Ronnie Lessa?

Ronnie Lessa é identificado como o executor de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Quando preso em 2019, a Divisão de Homicídios (DH) encontrou 117 fuzis incompletos na casa de um dos seus amigos, na zona norte do Rio. Ele foi condenado a 13 anos e seis meses de prisão por comércio ilegal de armas.

Em 2021, Ronnie Lessa foi condenado por destruição de provas relacionadas ao caso Marielle e expulso da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

26 julho 2023

FGTS Distribuirá R$ 12,7 Bilhões de Lucro para Trabalhadores: Entenda Como Calcular o Seu Valor


O Conselho Curador do FGTS optou por distribuir R$ 12,7 bilhões, representando 99% do lucro do fundo do último ano, para os trabalhadores. Vamos entender como calcular o valor a ser depositado em cada conta.

Como será feito o depósito?

O montante distribuído vai variar individualmente. A quantia recebida será maior quanto maior for o saldo da conta do trabalhador. O depósito será proporcional ao valor que o trabalhador possuía em sua conta até o último dia do ano anterior.

Para estimar o valor a receber, o trabalhador precisa multiplicar o saldo de cada conta em 31 de dezembro de 2022 por 0,02461511. Na prática, isso significa que para cada R$ 1 mil de saldo, o trabalhador receberá R$ 24,62. O depósito será realizado tanto em contas ativas quanto inativas.

Veja alguns exemplos

O montante depositado em cada conta vai depender do saldo em 31 de dezembro de 2022. Veja algumas simulações:

  • Conta com R$ 100: recebe R$ 2,46
  • Conta com R$ 500: recebe R$ 12,31
  • Conta com R$ 1.000: recebe R$ 24,62
  • Conta com R$ 2.000: R$ 49,23
  • Conta com R$ 5.000: R$ 123,08
  • Conta com R$ 10.000: recebe R$ 246,15

Como saber se vou receber a distribuição?

Todas as contas do FGTS, ativas e inativas, com saldo em 31 de dezembro de 2022 serão elegíveis ao repasse. Aqueles que começaram a trabalhar e adquiriram direito ao FGTS em 2023, por exemplo, não vão receber a distribuição de lucros referente a essa conta.

Aproximadamente 132 milhões de trabalhadores que tinham saldo em sua conta do FGTS no final do ano passado receberão o crédito. A Caixa Econômica Federal, que administra o FGTS, é a responsável pela distribuição do lucro.

A Caixa anunciou que começará a realizar os repasses na quinta-feira (27), com os valores sendo creditados nas contas de FGTS até o final de julho. Os depósitos serão identificados como "AC CRED DIST RESULTADO ANO BASE 12/2022".

Os trabalhadores podem verificar se o lucro foi depositado através do aplicativo FGTS, disponível para Android e iOS.

Posso retirar o dinheiro?

O valor da distribuição do lucro permanecerá vinculado ao fundo. As contas serão atualizadas até o final de agosto, mas a distribuição dos lucros não altera as regras para o saque dos valores.

O saque do FGTS é permitido apenas em situações específicas estabelecidas em lei, tais como demissão sem justa causa, aposentadoria, aquisição de imóvel próprio ou saque-aniversário. Entenda as regras para saques.

A distribuição vai aumentar a rentabilidade do dinheiro vinculado ao FGTS. A rentabilidade é fixa, de 3% ao ano, além da taxa referencial (TR). Entretanto, desde 2017, os trabalhadores também recebem uma parte dos lucros do Fundo de Garantia. A Caixa Econômica Federal potencializa os ganhos do FGTS ao emprestar dinheiro das contas para financiar projetos de habitação, saneamento e infraestrutura.

Com a distribuição de R$ 12,7 bilhões do lucro, a rentabilidade total do FGTS em 2022 atingirá 7,09%. No ano anterior, a rentabilidade do fundo foi inferior à inflação pela primeira vez em cinco anos, rendendo 5,83%, abaixo da inflação oficial de 10,06% de 2021.

Com essa distribuição, a rentabilidade do FGTS no ano passado, que foi de 7,09% (IPCA+1,3%), será repassada aos trabalhadores que possuem contas. O índice a ser distribuído será de 0,02461511 sobre o saldo em 31/12. Com base nas informações fornecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

China Silencia Sobre Destino de Ministro Deposto e Exclui Seus Rastros Oficiais

 Mudanças surpreendentes na liderança chinesa: onde está Qin Gang?

Há cerca de cinco semanas, o cenário político mundial foi palco de um encontro de alto risco entre o ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em Pequim. No entanto, buscas no site oficial do Ministério das Relações Exteriores da China revelam que qualquer menção a este evento histórico, bem como a todas as atividades de Qin, foi apagada, deixando os curiosos desapontados.

Na última terça-feira, 25, houve uma inesperada mudança de liderança, e Qin foi abruptamente substituído por seu antecessor, Wang Yi. A remoção repentina de Qin, endossada por um órgão significativo dentro do parlamento chinês, surgiu após semanas de dúvidas e especulações sobre o paradeiro de Qin, que havia desaparecido dos olhos do público no final de junho sem explicação aparente.

O mais recente desenvolvimento nessa saga – a substituição de Qin por Wang e o apagamento total de Qin dos registros – serve apenas para aumentar a intriga. Os motivos da remoção de Qin, seu paradeiro e seu futuro como membro do Partido Comunista da China permanecem um mistério.

Este episódio ilustra a conhecida falta de transparência do sistema político chinês, que só se tornou mais opaco sob a liderança de Xi Jinping. Como aponta Yun Sun, diretor do Programa China no think tank Stimson Center, com sede em Washington, “A falta de transparência já é um problema bem conhecido da burocracia chinesa. E as decisões são boas até que não sejam. E quando não são, isso geralmente cria problemas muito maiores para o sistema”.

A saída de Qin, que era amplamente visto como um conselheiro de confiança de Xi e uma das autoridades mais reconhecidas da China, tem consequências potencialmente danosas para a imagem da China no cenário mundial. À medida que a China procura apresentar sua liderança como uma alternativa viável à do Ocidente, a remoção de Qin apenas reforça a percepção de que o Partido Comunista é um parceiro diplomático opaco e não confiável.

A nomeação de Qin para o cargo de ministro das Relações Exteriores no ano passado, em detrimento de candidatos mais experientes, foi vista como um sinal de profunda confiança de Xi, que consolidou o poder no último ano ao entrar em um terceiro mandato. Como a diretora-gerente do Programa Indo-Pacífico da German Marshall Fund, Bonnie Glaser, observa: “Qin é seu protegido e, portanto, isso necessariamente refletirá mal em Xi. No entanto, isso não significa que este episódio representará um desafio ao seu poder”.

A notícia da troca de liderança provocou ação imediata do aparato de controle de informações da China, e as hashtags de mídia social relacionadas à remoção de Qin foram rapidamente censuradas no popular aplicativo chinês Weibo. Enquanto isso, a hashtag sobre a nomeação de Wang permaneceu ativa, mas apenas com postagens de contas verificadas, principalmente da mídia estatal ou de agências governamentais.

A substituição de Qin ocorre em um momento delicado para as relações internacionais da China. Pequim está tentando estabilizar relações turbulentas com os Estados Unidos e reconquistar a confiança da Europa, que se tornou cada vez mais cética em relação aos laços da China com a Rússia, dada a recente invasão à Ucrânia.

Agora, a política externa da China está novamente nas mãos de Wang, um veterano que ocupou o cargo de 2013 a 2022. Isso sugere, como aponta Victor Shih, diretor do 21st Century China Center da Universidade da Califórnia, que a liderança optou por uma "opção segura e um par de mãos firmes", sinalizando a incerteza em torno do que realmente aconteceu com Qin Gang. 


Por enquanto, só podemos especular sobre o futuro de Qin e o impacto dessa mudança na política internacional da China. A verdade, seja qual for, é algo que apenas o tempo poderá revelar.

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