21 janeiro 2021

Vacinas compradas da Índia chegam amanhã no Brasil


Com a liberação das exportações comerciais pelo governo indiano, as duas milhões de doses de vacinas prontas, compradas do Instituto Serum, serão embarcadas em Mumbai e têm chegada prevista ao Brasil no dia 22 de janeiro, às 17h40, pelo aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Após os trâmites alfandegários, as vacinas seguirão diretamente para o aeroporto internacional RIO-Galeão, no Rio de janeiro, para desembarque e trajeto até a Fiocruz. 

Em obediência às normas regulatórias, as vacinas passarão, em Bio-Manguinhos/Fiocruz, por checagem de qualidade e segurança, além de rotulagem, com etiquetagem das caixas com informações em português. Esse processo acontecerá ao longo da madrugada e na manhã de sábado (23/1) e será realizado por equipes treinadas em boas práticas de produção. A previsão é de que as vacinas estejam prontas para distribuição no período da tarde. Toda a logística de distribuição ficará sob a responsabilidade do Ministério da Saúde, por meio do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. 

Ao longo de todo o trajeto até Bio-Manguinhos/Fiocruz, as vacinas estarão armazenadas em seis caixas do tipo pallets, que serão acondicionadas em envirotainers, pequenos containers utilizados para transportes de carga que necessita de controle de temperatura. Nesses envirotainers, as vacinas serão mantidas na temperatura entre 2 a 8ºC.

Vacinação contra Covid-19 em Manaus é suspensa em meio a investigação sobre irregularidade na aplicação das doses

A vacinação contra a Covid-19 em Manaus foi suspensa nesta quinta-feira (21). A previsão é que seja retomada nesta sexta. A medida foi anunciada em meio à investigação do Ministério Público do Amazonas sobre a suspeita de irregularidades na aplicação da vacina, com a fila de grupos prioritários sendo "furada".

Denúncias foram feitas depois que parentes de empresários locais postaram fotos sendo vacinados e foram acusados de "furar fila". A prefeitura da capital amazonense diz que não há irregularidades (leia mais ao final da reportagem).

Outra dificuldade vivida pelo Amazonas é o número de doses recebidas. O governo do estado informou, na segunda-feira (18), que recebeu 256 mil doses da CoronaVac. No entanto, depois corrigiu a informação e informou que o total recebido foi de 282 mil vacinas. Dessas, somente 221 mil foram distribuídas entre as cidades, incluindo a capital. O governo não informou o que ocorreu com as demais 60.727 doses que sobraram.

Segundo o governo do estado, a suspensão da vacinação ocorre para replanejamento da campanha. O objetivo, agora, é discutir os critérios que definirão quais profissionais de saúde e de quais unidades têm prioridade para receber as primeiras doses, já que a quantidade de vacinas disponibilizadas pelo governo federal é insuficiente. Somente profissionais que atuam no Samu seguem recebendo o imunizante.

Após a definição dos critérios, as unidades de saúde deverão enviar a lista nominal dos profissionais, com o setor em que cada um trabalha, para a Secretaria da Saúde de Manaus reprogramar a vacinação. A previsão é que os trabalhos sejam retomados na sexta-feira (22).

A suspensão da campanha foi definida pelas secretarias de Saúde de Manaus e do Amazonas, após uma reunião na noite de quarta-feira (20). Participaram do encontro representantes do Ministério Público Estadual, do Ministério Público Federal, da Defensoria Pública Estadual, da Defensoria Pública da União e do Ministério Público do Trabalho.

Os participantes da reunião concluíram que devem ser priorizados os profissionais mais expostos ao coronavírus e que trabalhem em unidades de referência de média e alta complexidade, que tenham contato direto com pacientes com Covid, considerando também comorbidades e idade.

Foi definido, ainda, que será garantida a segunda dose para os profissionais que já foram vacinados até esta quarta-feira.

A secretária municipal da Saúde, Shádia Fraxe, afirmou a prefeitura organizou 50 equipes de vacinação, com 200 profissionais, porém a definição de locais e de quem deve ser vacinado é de responsabilidade do governo do estado.

Já a Secretaria do Amazonas havia divulgado que a responsabilidade pela campanha era das prefeituras e que não era responsável pela definição das pessoas que receberão as doses, apenas entregava o imunizante aos municípios.

De acordo com a prefeitura de Manaus, nos primeiros dois dias de vacinação na capital, 1.140 profissionais de saúde receberam a primeira dose da CoronaVac. A Prefeitura recebeu, para esta primeira etapa da campanha, um total de 40.072 doses de vacina.

Denúncias sobre vacinação


A principal acusação sobre irregularidades na vacinação em Manaus envolve as médicas Gabrielle Kirk Lins e Isabbele Kirk Lins, vacinadas neste primeiro dia de imunização. A família das médicas é dona de hospitais e universidades particulares em Manaus, entre outros negócios.

Na quinta-feira, após as denúncias, o prefeito David Almeida disse que iria proibir imagens de pessoas recebendo a vacina.

"Aquelas duas jovens médicas que foram vacinadas e postaram na rede social, hoje, que inclusive está sendo objeto de muita polêmica, elas estavam de plantão. Elas estavam trabalhando. Elas estavam atendendo as pessoas no consultório. Essa é a verdade", justificou o prefeito David Almeida em transmissão de vídeo na internet.

Em nota sobre a vacinação das médicas, a prefeitura informou que "não há nenhuma irregularidade, uma vez que se encontram nomeadas e atuando legitimamente no plantão da unidade de saúde, para a qual foram designadas, em razão da urgência e exceção sanitárias, estabelecidas nos primeiros 15 dias da nova gestão."

Sistema de saúde em colapso

O Amazonas tem mais de 238 mil casos e 6,5 mil mortes por Covid-19. A capital amazonense enfrenta colapso no sistema de saúde por falta de oxigênio nos hospitais. A demanda pelo produto cresceu após o recorde de internações. (G1)

Avião que transportava vacinas entra em rota de colisão com jato


A Força Aérea Brasileira (FAB) apura uma ocorrência envolvendo um avião monomotor do governo do Paraná, que transportava doses da vacina CoronaVac para Londrina e entrou em rota de colisão com um avião da Gol na terça-feira (19).Segundo o governo do Paraná, o piloto automático fez uma curva errada.

O monomotor do governo paranaense saiu de Curitiba rumo a Londrina. O avião da Gol saiu de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Em um áudio do controle de tráfego aéreo, é possível ouvir a controladora orientando os pilotos do jato da Gol a "subir ou descer na rota", para não se aproximar e evitar a colisão com a aeronave.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), da FAB, passou a coletar dados do caso nesta quarta-feira (20) para apurar o que teria ocorrido no piloto automático da aeronave estadual. Em nota, o governo estadual do Paraná classificou o episódio como "incidente'" e informou que a tripulação levou alguns minutos para conseguir desligar o piloto automático e assumir o controle da aeronave Cessna C208 Caravan. A rota incluía uma curva para o lado esquerdo, porém, pelo erro foi feita para a direita, entrando na rota do jato da Gol.

"Ressaltamos que não houve um acidente, mas um incidente, o qual foi devidamente reportado às autoridades aeronáuticas. Na dinâmica da aviação, foram tomadas as medidas técnicas mitigadoras para manter a segurança de voo. Isso significa que a tripulação estava atenta e segura em seus procedimentos", disse em nota.

Após o ocorrido, a Casa Militar, responsável pela aeronave, determinou que o Cessna C208 Caravan permanecesse em solo, até a intervenção de manutenção. O governo estadual ainda afirmou que todas as aeronaves sob responsabilidade do órgão estão com a manutenção em dia. O avião da Gol tem um dispositivo instalado que aponta a aproximação de aeronaves e, por meio de um aviso, orienta a direção que o piloto deve tomar para evitar a colisão.

Procurada pelo G1, a Gol informou que "a aeronave GOL que realizou o voo G3-1212 (Guarulhos-Curitiba), na terça-feira (19), teve de fazer um novo procedimento de pouso durante a aproximação ao aeroporto Afonso Pena, em Curitiba. A mudança foi necessária por solicitação do controle de tráfego aéreo do destino para procedimento de segurança, sem qualquer anormalidade no voo. Reforçamos que a Companhia está sempre atenta à Segurança, nosso valor número 1". Com informações do portal G1.

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