21 maio 2014

Médicos E Governo Divergem Sobre Capacidade De Atendimento Na Copa

Em Salvador, governo e médicos se dividem em relação à capacidade de atendimento diante da expectativa da chegada de milhares de turistas atraídos pelos três clássicos europeus que serão disputados na Arena Fonte Nova na Copa; o governo garante que a estrutura montada é suficiente para atender a demanda, mas representantes do Sindicato dos Médicos da Bahia discordam; "Tanto o serviço municipal quanto estadual na Bahia estão passando por grandes dificuldades", diz Francisco Magalhães (foto), presidente do Sindimed

Em Salvador, semanas antes do início da Copa do Mundo, governo e profissionais de saúde se dividem em relação à capacidade de atendimento diante da expectativa da chegada de milhares de turistas atraídos pelos três clássicos europeus que serão disputados na Arena Fonte Nova. O resultado só poderá ser medido no final da Copa do Mundo. O governo garante que a estrutura montada é suficiente para atender a demanda. Já representantes do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed-BA) discordam.

"Tanto o serviço municipal quanto estadual na Bahia estão passando por grandes dificuldades", disse Francisco Magalhães (foto), presidente do Sindimed, ao mencionar a falta de estrutura e profissionais nas unidades. "As instalações estão precárias e, em termos de pessoal, há restrição de contratações e isso começa a se constituir em precarização. Os [profissionais] que têm, acabam trabalhando mais, com sobrecarga".

No início de maio, médicos da rede municipal de Salvador decidiram aderir à greve, deflagrada por outros servidores da capital baiana e que terminou na semana passada.

A Arena Fonte Nova será palco da disputa entre Espanha e Holanda, no dia 13 de junho; Alemanha e Portugal, no dia 16 e Suíça e França, no dia 20. Nesses dias, três postos de atendimento funcionarão no perímetro do estádio, com médicos e enfermeiros, abrindo três horas antes da partida e fechando uma hora depois. O mesmo esquema será repetido no dia 25, durante a partida entre Irã e Bósnia-Herzegovina, e nos dias 1º de julho, em uma partida das oitavas de final, e 5 de julho, durante um dos jogos das quartas de final.

Luciana Peixoto, diretora de Atenção e Saúde da Secretaria Municipal de Saúde e responsável pela área durante o Mundial, explicou que os profissionais lotados nas unidades de atendimento avançado estão preparados para atender desde casos mais simples de ortopedia até fazer pequenas cirurgias. Números do governo apontam que, no perímetro da arena, vão atuar mais de 160 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, condutor do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) e agentes da vigilância sanitária.

"As equipes das unidades de emergência próxima à arena também terão mais profissionais de enfermagem do que o normal. Se tem oito terão, pelo menos, dez enfermeiros", acrescentou.

O governo aposta no esquema e diz que as experiências vividas nos eventos-testes, como o carnaval fora de época e a Copa das Confederações, provaram que a estrutura montada é suficiente para atender ao evento. "A rede já tem expertise de fazer o carnaval. O posto é similar, tem a mesma estrutura e profissionais capacitados que já sabem como encaminhar. A experiência na Copa das Confederações mostra que transferimos menos de 10% das pessoas atendidas nos postos", informou a diretora.

Luciana Peixoto garantiu que os atendimentos aos moradores da cidade não serão prejudicados com a chegada de um número maior de turistas. "Na rede de urgência e emergência, aumentamos mais uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e em junho teremos mais uma para atendimento imediato e estamos reforçando as unidades existentes".

Durante o Mundial, além das dez UPAs que estarão em funcionamento em Salvador, quatro hospitais estaduais na capital, além da unidade de ortopedia, foram acionados para funcionarem como unidades de retaguarda caso seja necessário transferir pacientes. Não existem hospitais municipais em Salvador.
De acordo com informações do plano integrado de saúde para a Copa, formulado por órgãos do estado e do município, a rede estadual tem 217 leitos clínicos e 78 de UTI. Durante o período dos jogos, haverá cerca de 50 ambulâncias do Samu.

Grávidas denunciam médico cubano por abuso sexual

Polícia Civil de Goiás investiga denúncia de três mulheres contra integrante do programa do governo federal Mais Médicos que atua desde o começo do ano na cidade de Luziânia (GO), região do Entorno de Brasília; elas alegam que clínico geral cometeu atos libidinosos durante consultas; Secretaria Municipal de Saúde afastou profissional e informou caso ao ministério; médico será ouvido nesta terça-feira (20) pela delegada que investiga o caso

Goiás - Três grávidas acusam um médico cubano, integrante do Programa Mais Médicos do governo federal, de praticar abuso sexual contra elas durante atendimento num posto de saúde na cidade de Luziânia (GO), na região do Entorno do Distrito Federal.
Uma delas disse à Polícia Civil que ele pediu para ela se deitar numa maca e, durante a consulta de rotina para verificar a situação de uma infecção urinária, o profissional tocou suas parte íntimas com intenção de praticar ato libidinoso.
O profissional atuava no posto desde o começo deste ano. As mulheres que o acusam já passaram por exame de corpo de delito. “A forma como ele agia é a mesma. Eram gestantes e aí, na consulta de rotina, para verificar a situação gestacional, ele praticava o ato libidinoso com as vítimas”, afirmou a delegada Dilamar de Castro, que deve ouvir o acusado nesta terça-feira (20).
A Secretaria de Saúde de Luziânia informou que já afastou o médico do trabalho. O órgão disse ainda que já repassou as denúncias para o Ministério da Saúde, responsável pelo Mais Médicos e por contratar o profissional.
Fonte: site 247

19 maio 2014

Policiais de treze Estados decidem parar na quarta-feira. SP e RJ estão entre os que confirmaram adesão à paralisação

A paralisação nacional de policiais, convocada para a próxima quarta-feira, já tem a adesão de metade dos Estados brasileiros. Até o início da tarde desta segunda, agentes de treze unidades da federação aceitaram a convocação feita pela Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol). São eles: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Amazonas, Pará, Alagoas, Paraíba, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rondônia e Bahia. “Distrito Federal e os demais Estados devem responder até terça-feira se vão também cruzar os braços. Não recebemos nenhuma resposta negativa ainda”, disse ao site de VEJA o presidente da Cobrapol, Jânio Bosco Gandra.
O movimento envolve policiais civis, federais e rodoviários – os militares são proibidos, pelos códigos militares, de fazer greve, apesar de haver algumas mobilizações isoladas. Gandra afirma que em alguns Estados podem ser mantidos de 30% a 70% dos agentes trabalhando. “Vai depender do nível de violência e da demanda de cada lugar”, explica. A medida, de acordo com ele, é para evitar que se repita em escala nacional o caos das ruas de Recife na semana passada, em razão da paralisação da Polícia Militar. “Já fizemos um pedido especial para que os movimentos pernambucano e baiano não envolvam a PM. Não podemos causar o resultado inverso, queremos que realmente melhore a segurança pública no país”, reforçou o presidente da Cobrapol.
O objeto da paralisação é pressionar o governo federal a criar uma política de segurança pública que se preocupe também em melhorar as condições de trabalho da força policial. “Não existe uma gestão nacional nem investimento adequado. Nesse jogo de empurra, a população fica com a sensação de impunidade. Em alguns Estados, o índice de crimes solucionados não passa de 8%, é baixíssimo”, diz Gandra, acrescentando que não houve sequer treinamento adequado de policiais para a Copa do Mundo. “Esperamos que o governo reagisse, mas ele decidiu treinar só 300 agentes da Força Nacional. Esse número é insuficiente para dar conta de todas as sedes. A gente teme por isso. Pode ser um fiasco”.
Mobilizações - Em Brasília, os agentes farão uma passeata que pode terminar no Ministério da Justiça ou na Praça dos Três Poderes. No Rio, o grupo se encontra às 14h na Cidade da Polícia, Zona Norte da capital, e caminha até o bairro da Tijuca. “Às 19h, faremos uma assembleia para definir os rumos da categoria”, acrescenta Francisco Chao, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sindpol).
A categoria paulista programa uma passeata para o sábado. O acordo oferecido pelo governo federal não foi aceito. “Nós pleiteamos uma restruturação de carreira que possa entrar em vigor em 2016, mas o governo nos oferece apenas ajuste salarial e não garante anistia aos grevistas. Por isso, a greve não está descartada”, afirmou Alexandre Sally, presidente do sindicato de policiais federais do Estado de São Paulo.

Projeto de lei proíbe greves de militares


Parado na Comissão de Direitos Humanos do Senado, um projeto de lei apresentado em 2011 pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) regulamenta as greves no serviço público no Brasil – para o setor privado, a regulamentação é de 1989. O texto estabelece condições para negociação, cria exigências de prazo para que os sindicatos informem a população e os governos com trinta dias de antecedência sobre as reivindicações e delimita efetivos mínimos para serviços públicos essenciais. O projeto propõe a proibição total de greves nas Forças Armadas, polícias e bombeiros militares. “No ano passado foram votados projetos que anistiaram grevistas de treze greves de policiais militares. Há um grande contrassenso nisso, pois quando há uma greve com danos para a população, mesmo com medidas decididas pelas corporações, a anistia torna a punição algo inócuo”, critica o tucano.
A regulamentação, explica o senador, incorpora os princípios da convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que estabelece a proteção do direito de organização do trabalhador e define as condições para o serviço público para os países signatários. Em linhas gerais, o projeto determina que sindicatos tenham normas claras de convocação de assembleias e as formas como serão decididas paralisações coletivas. Estabelece também a obrigatoriedade de formação de uma mesa de negociação coletiva – ou seja, a negociação não fica à mercê da vontade política dos governantes. As greves no serviço público passam a ser – como manda o bom senso – o último recurso, uma medida extrema para quando não foi possível alcançar a solução do impasse.
Serviços essenciais, de acordo com o PL 710/2011, devem manter 60% de seus servidores em atividade; para a segurança pública – incluídos policiais civis e guardas municipais – precisam atuar com 80% de seu efetivo. E, no caso de quadros do Exército, Marinha, Aeronáutica, PM e bombeiros, toda paralisação seria ilegal.
“Greves no serviço público são sempre penosas. É preciso salvaguardar a população, para que saiba com antecedência quando haverá uma paralisação, e proteger os servidores, para que não fiquem vulneráveis a desmandos”, diz Ferreira. O projeto também limita a 30% os cortes de vencimentos em caso de suspensão dos pagamentos dos grevistas, e proíbe exonerações, transferências ou medidas punitivas para grevistas durante a paralisação
Fonte: site policialbr

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