10 março 2014

Ladrões De Banco Aterrorizam Cidade Baiana


A cidade de Cocos, na divisa da Bahia com Minas Gerais, foi aterrorizada por quinze homens armados, sendo que pelo menos dez, estavam armados com fuzis, hoje (10), pela manhã.
Os homens chegaram dois carros roubados, um Ford Ecosport branco e uma caminhonete roubada no interior do município. Conforme a delegada da cidade, Luzmaia Cecília de Souza, o grupo chegou por volta das 11:30 h da manhã causando pânico na zona central da cidade, atirando a esmo. Os assaltantes ainda tomaram o cuidado de deixar dois atiradores na entrada da cidade para prevenir reforço policial.
Dois bancos da cidade, que ficam próximos um do outro, foram assaltados simultaneamente, para garantir que a polícia não reagisse, o bando fez aproximadamente dez reféns, entre funcionários e clientes dos bancos. Na fuga, o grupo ainda roubou uma Hylux preta.

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Pelo menos um morador da cidade foi atingido por bala perdida na ação dos bandidos, a vítima conhecida por William foi encaminhada para o Hospital de Barreiras. Não houve registro de confronto com a polícia, o morador ferido não corre risco de morte, a bala atingiu o ombro e ele foi encaminhado para retirá-la, já que a bala ficou alojada. Também, na fuga os meliantes levaram como reféns dois vigilantes e dois funcionário do Banco do Brasil, além de outros três clientes do Bradesco, liberando-os cerca de dez quilômetros da cidade.
Guarnições da Cipe Cerrado e da Ceto do 10º Btl/Barreiras estão no encalço dos malfeitores que fugiram em direção a Montalvânea em Minas Gerais. É o segundo assalto com essa proporção de violência, em menos de um ano na cidade, o modo como os bandidos agiram foi o mesmo, inclusive fazendo reféns e liberando a dez quilômetros do centro da cidade.
A polícia baiana prendeu em uma operação, em julho do ano passado, quatro elementos suspeitos de participação no roubo de 2013, na ocasião, também foram apreendidos uma metralhadora anti aérea, capaz de derrubar helicópteros e perfurar carros blindados, farta munição, quatro fuzis e ferramentas empregadas para arrombamento de cofres e carros-fortes.

Em 2007, o Banco do Brasil de Cocos, também foi assaltado, na época dois suspeitos foram mortos em confronto com a polícia. Com informações de Correio.

Grave Acidente Em Canavieiras


A semana começa com acidente com vítima fatal na rodovia Canavieiras-Una, hoje, segunda feira (10), por volta das 05:30 h um grave acidente aconteceu na altura do km 3 da rodovia que liga Canavieiras a cidade de Una. Um veículo Fiat Palio, branco, de placa policial JQQ 2212, licenciado em Ilhéus, chocou-se com uma árvore na lateral da pista, quando deslocava de Una para Canavieiras.  Um cidadão que viajava no veículo, de nome João Pedro dos Santos, 64 anos e estava sentado do lado do carona, região do carro que sofreu o maior impacto, ficou preso às ferragens e morreu na hora do choque, outras duas pessoas, também se lesionaram, algumas com suspeita da fraturas e foram encaminhadas ao Hospital Municipal Régis Pacheco e posteriormente ao Hospital Regional em Ilhéus. 

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Não se sabe, até o momento o que levou o motorista a perder o controle do veículo, sabe-se que o tempo estava seco, mas tinha muita neblina no momento do sinistro.O motorista que evadiu do local, é conhecido por Flávio. 

Prepostos da Polícia Rodoviária Estadual estiveram no local e promoveram o socorro às vítimas e o registro do acidente. 





Fotso: E. da Silva



 

Desvalorizar A Polícia Poderá Nos Custar Muito Caro



Temos uma tendência a preferir o fácil. Abraçamos um lado e passamos a odiar o oposto, e isso parece proliferar nos nossos dias, particularmente nas redes sociais, com as suas verdades pré-prontas. Condenamos com a mesma displicência com que exaltamos. Mas as coisas não são tão simples.
Vivo no Rio desde 1992, e a vinculação entre a polícia e a criminalidade sempre esteve presente, com policiais extorquindo cidadãos, e traficantes atuando como xerifes nas comunidades. Quando Anthony Garotinho foi governador e, depois, secretário de Segurança, essa relação se ampliou. Em sua sentença de condenação a dois anos e meio de prisão, o juiz Marcelo Leonardo Tavares afirma que Garotinho dividia com Álvaro Lins a liderança da quadrilha que corrompia delegados, lavava dinheiro do tráfico, financiava campanhas. Vejam: faz muito pouco tempo, o Rio era um estado onde o ex-governador, então secretário de Segurança, chefiava uma quadrilha cujo segundo nome era o comandante da Polícia Civil, como consta em reportagem da revista “Época” de fevereiro.
Vieram as UPPs, com proposta clara, objetivos explícitos e uma consistente concepção estratégica. Qualquer estudo sobre a criminalidade no Rio vai apontar para o problema do território. O espaço físico da favela, com suas intrincadas vielas nascidas do abandono do poder publico, terminou submetido à criminalidade, favorecendo a formação de um poder paralelo. O que me chamou a atenção no projeto das UPPs foi a concepção estratégica da polícia, que, em vez de sair invadindo morros e atingindo inocentes —e em vez de atirar a esmo, atacando o urgente e esquecendo o essencial —, pela primeira vez partiu de uma ação movida por um plano, um estudo das condições específicas da favela.
O principal objetivo das UPPS é tirar o tráfico dos morros, libertando as comunidades dos traficantes e oferecendo serviços públicos antes inexistentes. Servindo à população e angariando seu apoio, as UPPs poderiam manter o tráfico fora das favelas, e somente assim. Mas essa expulsão não poderia acarretar o risco de uma guerra sangrenta e sem fim, como já vimos acontecer. A inteligência da polícia buscou, então, avisar sobre a invasão. E previu que os traficantes que fugissem se abrigaram em outras favelas, que também seriam pacificadas, até que, sem território, o tráfico se dissolveria, ao menos em sua estrutura organizada. Tudo aconteceu como esperado: em 22 favelas com UPPs, de 2000 a 2012, o número de homicídios caiu 65%. E no asfalto não foi diferente: os homicídios na capital diminuíram em 48%.
Mas, não podemos esquecer, mesmo com essa retomada a polícia do Rio é uma das mais corruptas do país, e a luta estava só começando. A cidade acreditou, se emocionou. E aplaudiu José Mariano Beltrame, recebido como um herói.

O primeiro grande desgaste da polícia nos últimos anos foi com as manifestações. Sem preparo, ela extrapolou, se perdeu, agrediu. Foi acusada de matar o servente de pedreiro Amarildo de Souza na Rocinha, invadiu comunidades, atirando e matando inocentes. Hoje sabemos que os manifestantes também foram violentos. O que não justifica os erros da polícia. Aos poucos, a grande manifestação foi deixando as ruas, e ficou uma massa rala, difusa, que, sem direção, optou pelo imediato: não mais transporte, educação, mas a polícia e seus desmandos. Curiosamente ressurge Anthony Garotinho, candidato ao governo e maior difamador das UPPs, com um forte arsenal de atuação nas redes, arrebanhando adeptos, especialmente entre os que não o conhecem, que não sabem de seu passado: os jovens.
O que me impressiona é ver uma juventude bem intencionada, mas pouco culta, repetindo palavras de Garotinho como se fossem de cidadania e liberdade. Se alguma consciência política e social existisse, nos apressaríamos em fortalecer a transformação da nossa polícia, incentivando a vinda de jovens honestos, corajosos. E expulsando as cobras criadas da criminalidade. Mas nós não queremos a polícia, não nos importamos que o tráfico os mate, ainda jovens. Preferimos o crime, a violência, o medo.

A polícia é uma necessidade, especialmente no Rio, esta cidade sitiada por menores armados, prontos a morrer por uma dose de crack. Desvalorizar a polícia e os resultados das UPPs é um retrocesso que poderá nos custar muito caro.
Por: Viviane Mosé - filósofa e psicanalista
O Globo

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