Elaine Lessa afirmou que Ronnie não estava em casa na data do crime, retornando apenas ao amanhecer. Ela mencionou que esteve na residência quase todo o dia, saindo apenas para levar o filho à aula de inglês. Sua versão diverge daquela defendida por Ronnie desde que foi preso, há quatro anos.
As Divergências nas Versões do Caso
Ronnie sustenta que ele e Élcio de Queiroz passaram o fim da tarde e início da noite bebendo em sua casa, saindo apenas para assistir a um jogo em um bar. Entretanto, no novo depoimento realizado dois meses atrás, Elaine confirmou que permaneceu em casa naquele dia, ausentando-se apenas para levar o filho ao curso de inglês à tarde. Ao retornar por volta das 18h30, ela afirma que ninguém estava na residência e que Ronnie só teria chegado próximo ao amanhecer.
Confissão e Delação Premiada
De acordo com o Jornal Nacional, os investigadores afirmam que após ser confrontado com as novas evidências, Élcio confessou ter dirigido o carro, e que Ronnie foi quem atirou contra as vítimas.
Detalhes Revelados na Delação
Élcio detalhou ao Ministério Público e à Polícia Federal que a execução teria sido orquestrada por Ronnie Lessa ao longo de oito meses, período no qual a vereadora foi seguida e observada. A dupla teria contado com a participação de Maxwell Simões Correa, o Suel, preso recentemente.
Ele também mencionou a existência de um sexto participante, que teria descartado o carro usado no crime, um Cobalt, posteriormente desmontado. Além disso, duas pessoas vazaram informações oficiais da investigação para os criminosos.
Élcio também indicou que o crime foi encomendado por um ex-colega, o sargento reformado da PM Edimilson Oliveira da Silva (o Macalé), assassinado em novembro de 2021.
Quem é Ronnie Lessa?
Ronnie Lessa é identificado como o executor de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Quando preso em 2019, a Divisão de Homicídios (DH) encontrou 117 fuzis incompletos na casa de um dos seus amigos, na zona norte do Rio. Ele foi condenado a 13 anos e seis meses de prisão por comércio ilegal de armas.
Em 2021, Ronnie Lessa foi condenado por destruição de provas relacionadas ao caso Marielle e expulso da Polícia Militar do Rio de Janeiro.