01 dezembro 2017

Canavieiras: Assassino De " Seu Naguinho" É Condenado A 15 Anos De Reclusão


O idoso Carlos Florentino Delmondes, 74 anos, conhecido por “Naguinho”, foi encontrado no dia 13/10/2016, em uma área de mata situada na região do Sarampo, Zona Rural do município de Canavieiras e estava desaparecido desde dia 09/10/16.

O cadáver foi encontrado por volta das 14:00h, após o réu que foi julgado na data de ontem (30), ter confessado a autoria e localização do corpo. O depoimento dele, à época, levou a polícia até o local onde estava o corpo. Naquela oportunidade, um segundo suspeito também havia sido preso, por indicação de "Galego", que também o acusou de participação no crime, com eles foram encontrados, 01 veículo Agile Prata, placa de Guarulhos SP, 02 Motos e 01 Espingarda calibre 44.

Reviravolta

No 14 de junho de 2017, a Juíza de Canavieiras-BA, Dra. Karina Silva de Araújo, após longa audiência, seguindo parecer do Ministério Público, liberou Jorge de Jesus Oliveira, popularmente conhecido como “Nego Jorge”, preso desde outubro de 2016. A liberação se deu porque “Galego”, em seu depoimento na Justiça, afirmou que enquanto aguardava transferência para Canavieiras na cadeia de Santa Luzia, o ex-carcereiro o teria torturado e o ameaçado de morte com uma arma de fogo na cabeça, acaso não colocasse “Nego Jorge” na cena do crime. No curso da audiência, apurou-se que “Nego Jorge” teria sido vítima de perseguição e, colocado Injustamente na cena do crime pelo ex-carcereiro, Joilson Santos de Jesus, após ameaças de morte ao verdadeiro autor do fato, Givanildo Conceição dos Santos, o “Galego”. Uma vez apontado como coautor do crime, “Nego Jorge” foi preso em sua residência pela polícia militar, no dia 13 de Outubro de 2016, tendo amargurado mais de 8 meses de prisão na Penitenciária de Ilhéus.
Galego: réu confesso do crime
Em seu depoimento, “Galego” assumiu toda empreitada delitiva, informando à justiça que o crime teve como mote um empréstimo de R$ 6.000,00, feito pela vítima, para que ele, o “Galego”, pagasse por meio de serviços na extração de piaçava, na região de Piatã, Canavieiras, onde o idoso possuía uma área de terra.

Não tendo cumprido com a sua parte no acordo, o “Galego” passou a ser cobrado insistentemente pelo Seu Naguinho, sendo que a última ligação de cobrança fora realizada na noite do domingo anterior ao crime, dia 09 de outubro de 2016, quando então, “Galego” informou ao referido senhor que estava com o dinheiro, e que o mesmo pudesse vir na segunda pela manhã para recebê-lo.

Ao chegar na Vila São João, por volta das 07h20min, a vitima foi colocada no carro de “Galego”, que o levou até o local de extração de piaçava, localizado na região de Canavieiras, e lá o matou com diversas pauladas, escondendo o corpo por baixo de costaneiras.

A Promotora do caso, Dra. Mayanna Ferreira Ribeiro, requereu à justiça extração de cópias dos depoimentos, informando nos autos que abrirá investigação para apurar a conduta criminosa do ex-carceiro de Santa Luzia, Joilson Santos de Jesus, o qual já responde pelo crime de extorsão na Vara Crime de Santa Luzia, e que agora poderá ser condenado pelos crimes de denunciação caluniosa, ameaça, porte ilegal de arma de fogo e lesão corporal, cujas penas, quando somadas, chegam a mais de 10 anos.

Após comprovada a não participação de "Nego Jorge" no crime, seu O advogado, Dr. Gilberto Soares, informou que entraria na justiça contra o Estado, com pedido de indenização pelos danos morais sofridos pelo seu cliente, em decorrência da injusta prisão e da exposição indevida de sua imagem.

Nesta quarta-feira (30), em sessão do Tribunal do Juri no fórum Ministro Pedro Santos, com a participação de 07 jurados e presidida pela juíza Drª Karina Silva de Araújo, que teve a representação do Ministério Público, através da Promotora Drª Mayanna Ferreira Ribeiro, que travou um embate acalorado com o Dr Élio Pereira de Souza, advogado que assumiu a defesa do réu, após a defensora anterior ter abandonado a defesa de "Galego", alegando que o mesmo estava mentindo para ela.

O julgamento, que foi longo e cansativo (cerca de nove horas), ficou marcado pelo depoimento emocionado do irmão da vítima, que aos prantos falou sobre a importância de seu irmão para a família. A participação popular foi pequena, cerca de 15 pessoas estiveram acompanhando a reunião, em sua maioria familiares da vítima e pouquíssimos parentes do réu.

O crime gerou grande comoção popular na data de seu acontecimento, há um ano atrás. Givanildo Conceição dos Santos, 41 anos, vulgo "GALEGO", que está preso desde a época do crime e confessou o assassinato e ocultação de cadáver de "seu Daguinho", foi condenado a 15 anos e 10 dias de reclusão.

4 comentários:

  1. Realmente o crime compensa, 15 anos para um crime tão cruel. Esse animal teria que pegar pena máxima, 30 ainda anos ainda pouco

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  2. Nossas lei e muito antiga

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  3. Parabéns a Polícia pelo trabalho aqui em hermelandia Matheus Rafael sua hora vai chegar

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